quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

DEFESA NACIONAL E AMBIENTE – O PARADIGMA POLÍTICO E SOCIAL (upgrade 2)

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Frases feitas antigas como “as Forças Armadas são o Espelho da Nação” continuam no activo e em boa forma física e espiritual, como se comprova com simplicidade.


Na verdade, a realidade tende a assumir alguma derivação em ordem a variáveis temporais também elas de natureza ambiental;

Porque a Instituição Militar assume nesta modernidade clássica da contagem do tempo histórico uma postura iminentemente vanguardista no que concerne a toda a problemática ambiental da realidade política global emergente na Europa e no Mundo.


Portugal, por razões históricas não contabilizáveis por parcelas políticas, tem assumido uma sua realidade geoestratégica “quiçá” numa semelhança simbólica com um “Padrão dos Descobrimentos” deste complicado mundo moderno e global;

E tem sido um agente catalisador de mudança (ou gerador de problemas ambientais múltiplos?) numa matriz política e estratégica caracterizada por uma realidade histórica metafísica e mitológica de grande conteúdo “ideológico” para as grandes civilizações (perdidas) do mundo antigo.


Mas é óbvio que as realidades mudam, mesmo quando tal parece obra de realização difícil (ou meramente impossível…) pelas próprias características do “sistema político internacional” de Portugal.


Portanto, perspectiva-se que um complexo conjunto de acontecimentos que ocorridos no tempo próprio e em local simbólico e adequado, e operacionalizados pelas personagens políticas correctas (também elas emblemáticas de paisagens ecológicas insubstituíveis), darão com probabilidade elevada (??) o colorido catalisador e uma dinâmica estratégica própria e adequada para os grandes eventos do nosso tempo (críticos, necessários e verdadeiros milagres) que, tudo indica, se lhe irão suceder.


E, nessa boa e lisonjeira perspectiva parece ser hoje possível compreender a dimensão do contributo do factor humano mobilizado pelas acções ambientais premeditadas e tendentes a um objectivo, que operando o seu ecossistema específico poderão ser bem sucedidas com um êxito e sucesso exemplares, e (presume-se) haverão de criar as condições naturais para que o (nosso) mundo mude da forma como o veremos mudar.

Para melhor, claro.

(neste caso muito especial que é o nosso)


E então saberemos dizer que a Acção Humana dos Povos Amigos foi gigantesca e serviu de alavanca às grandes “alterações do clima político e estratégico” do nosso mundo;

Embora a “Malta” esteja nitidamente contra “Isso”.

(como parece ser fácil de constatar em termos muito pragmáticos e politicamente operacionais)
 

(….)
 

Naturalmente que haverá quem diga de forma e maneira firme e resoluta (de todas as suas convicções) que a geografia política e estratégica do planeta sofreu uma mutação na sua natureza e identidade,

E de forma brusca, imediata e provavelmente definitiva.
E portanto (nessa medida parcelar), o “clima vai tornar-se mais difícil” e “Isto assim não pode ser”,

Provavelmente (até) será uma “M”.

(e ponto final no “assunto”)

(….)
 

Claro que pode haver consequências,

Claro que podem haver guerras,

Mortes e catástrofes humanas e ambientais classificadas no patamar do crime contra a humanidade.


Mas haverá uma conclusão incontornável para contabilizar (em tempo de reflexões),

O (nosso) clima, os (nossos) ecossistemas de povos do mundo, e o meio ambiente político e estratégico nas suas variações repentinas (ainda que por razões consolidadas na sua razão objectiva e no próprio senso de uma lógica matemática) têm regras próprias, bem consolidadas e um movimento passível de previsão mas impossível de controlar por pessoas voluntariamente incompetentes na sua vocação pessoal de vida, de desígnio ético e de hombridade intelectual.


(...)


Quanto às Forças Armadas (na sua virtuosidade clássica), a sua actuação operacionalizada no código ético de conduta de qualquer exército do mundo no seu desfile em tapete de seda vermelha será um manancial de comportamentos tipificados para as sociedades politicamente organizadas de todos os povos e ideologias e de todos os cantos e paragens do “mundo”.


Mas continuará a pensar-se (com naturalidade) se será possível influenciar a conduta certa para o “nosso lado”, ou a mais certa, para o regulamento de disciplina militar desse exército (por essa via) tornado “nosso”.


E claro que haverá a resposta certa a pronunciar, claro que “sim”, será politicamente possível(…);

Mas (nesse caso) deixará de ser possível chamar-lhe Exército da Nação para passar a ter uma denominação social provável de “Legião Nacional”.

(e uma para cada uma das “nacionalidades políticas” envolvidas no “negócio”)


Ou seja, por palavras diferentes, a problemática ambiental da Política de Defesa Nacional tem a sua especificidade própria, estrutural no Estado, e materializa uma identidade nacional transversal a todos os cidadãos portugueses;

E “tal” não parece ser passível de instrumentalização quer no ponto de vista ideológico quer no político-partidário.



(…..)


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ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:


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“…

de:






POLÍTICA AMBIENTAL DE DEFESA NACIONAL



1. A missão primária das Forças Armadas é defender a Soberania Nacional. Para atingir esse objectivo estas têm de estar convenientemente equipadas e os seus elementos treinados no uso eficaz desses equipamentos. Necessariamente, os adequados requisitos de formação, treino militar e utilização desses equipamentos terão efeitos no ambiente;

2. Sem comprometer o cumprimento da missão, as Forças Armadas deverão cumprir com as políticas e a legislação ambiental estabelecidas para os outros sectores da sociedade;

3. Através de um planeamento adequado, as Forças Armadas poderão satisfazer os requisitos da missão sem afectar significativamente os recursos naturais e culturais do local ou região onde operam. Na verdade, a consideração dos aspectos ambientais, contribui para a prontidão dos meios, para o cumprimento da missão e, nalguns casos melhora a performance e a capacidade operacional, resultante de treino mais realístico e sustentável, do uso de materiais e processos mais eficientes e de uma opinião pública mais favorável;

4. Actuando de uma forma responsável em relação ao ambiente, as Forças Armadas exercerão uma influência positiva no resto da sociedade, levando-a a comportar-se da mesma maneira. Neste âmbito, como gestoras de extensas áreas de treino e de inúmeras instalações e administradoras de alguns complexos industriais, têm uma situação privilegiada para influenciar a sociedade civil na implementação da gestão ambiental;

5. Por outro lado, com a passagem pelas fileiras de grande número de jovens, as Forças Armadas poderão, através da educação e treino ambiental exercer um papel decisivo na formação da consciência ambiental dos cidadãos.


(……)


…”
 

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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SEGURANÇA E DEFESA – I (upgrade 2)

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A política de Segurança e Defesa Nacional do Estado Português é perfeitamente clara quanto aos princípios orientadores da estratégia portuguesa no quadro político, operacional e estratégico de Portugal no mundo moderno e global.


Nesta perspectiva a prática política corrente e os acontecimentos políticos e estratégicos emergentes deverão ser matéria de análise profunda que obriga a reflexões ideológicas perspicazes para um “discernimento correcto” das modalidades de acção previsivelmente mais adequadas aos desafios "em curso" no âmbito do “Negócio Estratégico Mundial”.


As palavras chave para Portugal no contexto da União Europeia (e no contexto da política de alianças militares estratégicas e no quadro geopolítico europeu e mundial) são PESC (Política Externa e de Segurança Comum) e PESD (Política Europeia de Segurança e Defesa).

 

Numa leitura “mais atenta” das ameaças latentes (e perspectivando aquelas que são as potenciais) à Segurança e Defesa dos Países Ocidentais pode concluir-se que o fenómeno Político Globalização mais do que uma nova ordem económica mundial trouxe no plano político e estratégico desafios importantes (provavelmente críticos) a todos os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento;

Em particular ao chamado “mundo ocidental” e dentro deste, na actual conjuntura política e económica, aos Países Ocidentais da Europa Comunitária.


Na geopolítica actual todos os acontecimentos inerentes a uma qualquer actuação política de contestação de interesses (de qualquer tipo ou natureza) que ocorram em qualquer parte do mundo inserem-se num âmbito Anti-Globalização;

Da mesma forma, grande percentagem da criminalidade organizada actua com fundamentos de perfil subversivo e claramente indicadores de actividade de natureza associada ao fenómeno político Anti-Globalização.

(ainda que estejam envolvidos “grandes” interesses políticos e económicos particulares e privados a grupos bem localizados)


Perante esta perspectiva importa (naturalmente) reconhecer o tipo de ameaça e os destinatários políticos e estratégicos prioritários a este tipo de movimentos políticos transnacionais com aquele suporte político e “denominação técnica” - Anti-Globalização.


Nesta abordagem toma especial realce os acontecimentos potenciais relacionados com os países do G8 (ONG que assumiu o perfil G20) e, numa "visão" específica e individualizada, os EUA e a UE (que vivem na actualidade numa espécie de geminação política, cultural e estratégica).


Naturalmente que a Política Europeia de Segurança e Defesa (PESD) toma uma proporção crítica neste fundamento.

Os esforços europeus neste sentido materializaram-se na criação de uma força militar (EUROFOR) constituída por quatro dos seus países integrantes – França, Itália, Espanha e Portugal.

Por enquanto a criação de uma “doutrina” comum de segurança e defesa europeia é ainda de pequena dimensão e está muito dependente tecnicamente da doutrina NATO na sua forma de empenho operacional e táctico.


A Política Externa e de Segurança Comum (PESC) assenta os seus alicerces na relação bilateral com os EUA e com a NATO na sua forma de actuação.

Ou seja, toda a política de segurança e defesa da União Europeia está intimamente ligada à política NATO e ambas actuam numa perspectiva operacional e táctica numa relação militar e estratégica estreita;

No entanto, sem que os interesses políticos e estratégicos da União Europeia sejam rigorosamente os mesmos que os dos EUA, e muito menos a sua “perspectiva teórica” de actuação política comunitária no espaço europeu e mundial.

Portanto, para Portugal (no seio profundo da União Europeia) num cenário estratégico altamente dinâmico, concorrente e cada vez mais complicado no que concerne à determinação das ameaças à sua integridade política, humana e territorial, devem ser perspectivadas as ameaças reais à integridade dos portugueses no quadro político de uma cultura europeia de cariz ocidental e comunitário.


(…)



§§§§§§ // §§§§§§



ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:
 

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“…

de:




Segurança e Defesa



O fim da Guerra Fria determinou a emergência de uma nova ordem internacional, marcada pela formação de um sistema unipolar e pelo fenómeno da globalização. Mas o fim do confronto Leste-Oeste e do equilíbrio do Terror determinou, por sua vez, a emergência de um novo quadro de segurança internacional, marcado por um novo tipo de ameaças e riscos e um novo tipo de conflitos.


São cada vez menos as ameaças e os conflitos tradicionais de natureza inter-estatal e surge cada vez mais um novo tipo de conflitos intra-estatais e ameaças e riscos transnacionais. São conflitos de raiz étnica, fundamentalismos religiosos e Estados falhados, que desestabilizam as periferias do sistema. São riscos ambientais, catástrofes humanitárias e as epidemias, como a SIDA que ameaçam a vida de milhões de seres humanos. São, finalmente, as ameaças da criminalidade organizada e do terrorismo transnacional. Ameaças sem rosto, desterritorializadas, por vezes desmilitarizadas, de actores não estatais que colocam desafios estratégicos à segurança internacional. O 11 de Setembro em Nova Iorque e Washington e o 11 de Março em Madrid marcam de forma trágica esse fenómeno de transnacionalização da segurança.


Neste novo quadro, o conceito de Segurança regista duas alterações fundamentais.


Primeiro, a segurança não é, exclusivamente, a segurança dos Estados. É, também, a segurança das pessoas: é um quadro de Segurança Humana.


Segundo, contra riscos, ameaças e conflitos transnacionais, a resposta terá que basear-se, essencialmente, na cooperação internacional: é um quadro de Segurança Cooperativa.


É neste novo cenário internacional que Portugal desenvolve as suas áreas de interesse estratégico e, consequentemente, é nesse mesmo contexto que se desenvolvem, prioritariamente, as relações externas de defesa, tanto no quadro multilateral, como no quadro bilateral.


No quadro multilateral, o Governo reafirma a sua presença e empenhamento nas organizações internacionais e sistemas de alianças a que pertence.


País atlântico e fundador da Aliança Atlântica, Portugal reafirma o seu empenhamento nos compromissos militares de defesa colectiva da Aliança Atlântica e, em particular, a sua presença no quadro da NATO Response Force.


País europeu, membro da União Europeia, reafirma o seu empenhamento no desenvolvimento da Política Externa e de Segurança Comum (PESC) e quer estar na primeira linha da construção da Política Europeia de Segurança e Defesa (PESD), incluindo a sua participação nas missões militares sob comando da União Europeia, bem como a sua participação na cooperação estruturada em matéria de Defesa.


País com fortes relações pós coloniais, Portugal reafirma os laços de amizade e cooperação com os países de expressão portuguesa, nomeadamente no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), sem esquecer a sua dimensão de defesa.


No que respeita à Organização das Nações Unidas (ONU), Portugal reitera a importância da organização na manutenção da legalidade, da ordem internacional e da Paz e afirma a centralidade do seu papel e a necessidade de reforço dos seus instrumentos nos processos de apoio à paz e de reconstrução pós conflito e de reconstituição de Estados falhados.


No plano bilateral, o Governo manterá as relações com os seus aliados tradicionais, em primeiro lugar com os Estados Unidos da América a que o liga um Acordo de Cooperação e Defesa, mas também com os parceiros europeus da NATO e da União Europeia e, em especial, com os países africanos de expressão portuguesa aos quais o ligam diferentes Acordos de Cooperação Técnico Militar que quer desenvolver e aprofundar. De igual modo se deve proceder em relação a outros países que se inserem em áreas regionais de interesse estratégico para Portugal, designadamente, no Magrebe e na margem sul do Mediterrâneo.

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

“JAMMING X” – GUERRA ELECTRÓNICA EM FUNÇÕES POLÍTICAS ?? (upgrade 3)

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Nesta modernidade política qual será o significado real e abrangente da expressão “Jamming” ?

Será possível (e normal) aplicar a abrangência técnica funcional do “jargão X” (no seu sentido mais amplo) à “vivência” política, económica e social deste pequeno Estado chamado Portugal ?

E admitindo que “Tal” poderá ser verdade o que pode ser feito para anular ou reduzir o “espectro electromagnético” da Ameaça ?


Parece haver muitas respostas imediatas mas poucas pessoas credenciadas e capazes (em sentido real e pragmático) para dar as respostas certas e adequadas, eficientes e eficazes para o resultado político e social necessário.

Naturalmente que estas questões apresentam-se inocentes (embora assumidamente tendenciosas), mas extremamente vorazes no tecido político e social de uma comunidade antiga e rústica que tem conseguido manter um padrão aparente de modernidade social estruturante à custa de um Esforço Político Anaeróbio.
 

Importa, pois, conhecer este “problema” com profundidade técnica e saber qual será o cenário político e estratégico envolvente a toda a “ameaça” e às “problemáticas políticas envolvidas”.

(….)
 

E como é que se poderá fazer “Isso” ?
 

Quais serão as “Medidas de Ataque Electrónico”, as “Medidas de Apoio de Guerra Electrónica” e as “Medidas de Protecção Electrónica” (aplicando a linguagem técnica da especialidade militar) a considerar neste (descrito) universo (…) ???

E quanto à nossa amostra de Economia e Finanças (de um pequeno Estado “antigo” como é o caso de Portugal) quais serão as implicações potenciais ???...

[para este efeito, ocorre-me (de repente) a questão paradigmática e “mal contada” das famosas “Deslocalizações” de problemas políticos, económicos e sociais desnecessários à Vida Empresarial de quem sendo de fora investe em Portugal, embora (na verdade dos factos) tenha consciência premeditada da sua má compreensão e “alergia” à tecnologia apurada dos problemas políticos lusitanos]  

Portanto, sabendo todos nós o que se passa na nossa “Aldeia Global” alguém quererá (se puder, claro) dar uma resposta séria, pronta e capaz sobre esta “Questão Emblemática”  ??...

(tanto do nosso coração…)
 

Porque [na perspectiva complexa da conjuntura política em curso (…)] parece ter chegado a Altura de “Alguém” dar respostas públicas relativas ao controlo desta “ameaça”, e talvez (na ocasião escolhida) considerar qual será a melhor solução para este (nosso) “problema global”,  

Que pode (perfeitamente) vir a ter uma dimensão grave e tornar-se numa calamidade pública passível de ameaçar todos os países da Europa Ocidental (…).



(….)

 

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ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:


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“…


de:





sexta-feira, 20 novembro 2009

Guerra electrónica:

Então e se fosse mesmo a sério?

Miguel Almeida

Consultor Independente Serviços de Segurança da Informação


Tenho lido alguns artigos, por aqui e por ali, que parecem insistir uma vez mais, no tema dos bits à chapada.

Exemplos?
 

Dou-vos dois, que são recentes: na McAfee (via Segurança Informática), Virtually Here: The Age of Cyberwarfare, e na CSO, Cyber Mercenaries — Avatar Forces.

Numa primeira análise, é muito fácil pensar que nada disto é real, que nada disto é a sério.

Que são campanhas que visam espalhar o medo e, com isso, arranjar novas formas de convencer os Governos, de convencer as empresas, a largar (mais) umas lecas — e o medo pode ser, como todos bem sabemos, muito eficaz nessa cruzada.

E o resultado desse trabalho, se houver uma corrida às armas, pode ser bem complicado: Ever heard of self fulfilling prophecies?

Pois é...

(Faz-me lembrar aquela situação caricata, em que dois cães começam na brincadeira, na palhaçada, até que começam a desconfiar um do outro e, a partir desse momento, já fica o caldo entornado. Well, sort of)


Então e se fosse mesmo a sério?



Estaremos nós preparados, aqui nas terras da Lusitânia, para ficar sem sistemas, sem redes de comunicação?

Conseguiríamos funcionar nesse cenário?

E o que significa para a população, neste tempo em que vivemos, funcionar?
 

A primeira questão que me ocorre, assim caída do espaço, é a seguinte:
 

O que é um ataque electrónico?
 

Será uma inundação das redes de dados, ligadas à Internet, que nos impeçam de comunicar com o exterior?

Será um fluxo de pacotes dirigidos a uma colecção específica de serviços?

Será uma sabotagem interna, que provoque a paralisação dos postos de trabalho e servidores, de uma forma generalizada?

Será um ataque sub-reptício à informação retida em bases de dados, que destrua a consistência e a integridade dos dados?

Ou uma combinação disto tudo?...

E mesmo sem saber as respostas a estas perguntas, a questão que me ocorre a seguir é, provavelmente, a mais óbvia:


Quem é a entidade responsável, em Portugal, por activar e coordenar os mecanismos de defesa, sejam eles quais forem, numa situação em que o País esteja a ser alvo de um ataque electrónico?

Já alguém pensou nisto?

Deixando de lado estas questões, que têm um carácter pseudo-existencial, pensando agora em questões mais pragmáticas, parece-me que alguém, não sei quem, deve começar a pensar no seguinte:

_ Se houver uma paragem nas comunicações, uma paragem generalizada, ou se forem paralisados vários sistemas internos, públicos ou privados, de que forma é que são afectados:

* O fornecimento de energia eléctrica, gás, água, e combustíveis?

E notem que mesmo que o ataque não vá entupir as torneiras, nem os contadores dos postos de gasolina, pode afectar os sistemas de controlo e contabilização dos consumos.

As empresas conseguem viver bem com isso?

Durante quanto tempo?

E depois?

Vão parar o fornecimento?

* As empresas financeiras, e as operações interbancárias, nacionais e internacionais?

Conseguimos estar isolados das bolsas internacionais, durante quanto tempo?

E se forem afectadas as estações de trabalho, ou os postos multibanco, ao longo de todo o País, por quanto tempo é que suportamos o caos interno?

* Os transportes aéreos e terrestres?

Se não for possível controlar os acessos, se não for possível contabilizar as passagens, tal como fazemos agora, como vamos fazer então?

Ninguém passa?

Passa como?

E quem é que autoriza e paga a conta?

* As telecomunicações?

Conseguimos lidar com os telemóveis e os telefones em off?

For how long?

Eepaah...

Mas estas coisas são prováveis?

A verdade é que ninguém, se for minimamente honesto, consegue dizer se é (ou não é) provável um cenário deste calibre.

Sobretudo, não consegue avaliar o risco.

E porquê?

Por várias razões, das quais destaco as seguintes:

_ Não existe uma entidade central que regule os requisitos de segurança necessários para cada classe de serviços;

_ Como primeiro corolário, não existem regras bem definidas que permitam identificar e realizar, em cada organização, os controlos mínimos necessários para evitar os desastres;

_ Como segundo corolário, também não podem ser realizadas, em abono da verdade, auditorias que possam avaliar, em face de regras que não existem, os controlos de segurança activos — podem ser feitas revisões e testes de segurança
— podem, e devem ser feitas! — mas não são obrigatórias, nem constituem auditorias contras regras estabelecidas;

_ A tecnologia utilizada nos sistemas e aplicações reais, na sua esmagadora maioria, não é controlada por nós — é externa.

_ E não temos qualquer controlo sobre o código nem sobre os componentes.
 

Mais,

O leque de empresas que produz software e hardware é alargado e contam-se pelos dedos aquelas que têm alguma certificação de segurança, em relação aos produtos, ou aos processos de desenvolvimento.

E nem sequer é um requisito na maior parte dos cadernos de encargo dos sistemas que são adquiridos; e

A tónica nos recursos atribuídos aos sistemas de informação tem sido posta, desde sempre, no desenvolvimento e (alguma) gestão de sistemas e aplicações de negócio;

A componente da segurança tem vindo a ser mais considerada, mas não é claro que seja suficiente.

É evidente que não existe uma resposta do tipo 'chave-na-mão' para estas questões.

Não existe, nem vai existir tão cedo.

Mas é importante ter presente que não há uma avaliação clara do risco que corremos.


Dada a natureza distribuída das redes e dos sistemas, o facto, é que não há uma forma simples de saber, portanto, ninguém sabe.

Mas para não fechar este artigo com um rol de perguntas sem resposta, para não ser um exercício completamente balofo, ficam algumas recomendações (sugestões) para quem for, seja quem for, pensar mais um bocado nesta matéria.

O País devia ter:

_ Um conjunto de regras mínimas de segurança comuns, a nível nacional, para os sistemas de informação.

Regras contextualizadas para diferentes classes de actividade;

_ Uma entidade que regulasse e fiscalizasse os controlos de segurança que são realizados, no mínimo, num conjunto de serviços críticos para o País;

_ Sistemas e canais de comunicação alternativos — nacionais e internacionais — prioritários para as operações mais críticas, para fazer face a uma paralisação generalizada;

_ Capacidade para filtrar ou isolar as redes do País, em caso de necessidade extrema, para garantir que conseguimos funcionar internamente;

_ Capacidade para funcionar offline, se fosse necessário, num conjunto de serviços críticos para o funcionamento do País.

_ Segregar de forma clara, as componentes operacionais, as comunicações, e os elementos administrativos dos sistemas de informação;

_ Constituir um organismo especializado e com competência para investigação de ameaças informáticas, nacionais e internacionais;

_ Manter um sistema nacional de monitorização e alerta de segurança nacional;


e,

_ Planos de contingência para fazer face a eventuais ataques.

Podia continuar mais um bocado mas, parece-me, os pontos principais já estão vincados.

Não estão cá todos mas, novamente, estão alguns dos importantes.

Por agora ficam as ideias.
 

(…)

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

“… NINGUÉM É O QUE PARECE ” (parte 2) -- OS “Bhackers”

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A contracção da letra B com a palavra técnica “hacker” resulta num palavrão novo com a história e a idade política do mundo – “Bhacker”.

(e com a letra s na “extremidade” ficamos com o significado traduzido no plural)

(….)
 

Entenda-se que só me interessa a leitura política desta “questão”.

(e mais nada)

(….)



O meu avô tinha uma expressão idiomática para esta parafernália de “entendimentos” da vida, e chamava-lhes os “Bácoros” da (nossa) hera;    

Porque a dimensão temporal desta saga já tinha um certo domínio sobre as consciências sociais das pessoas que pensam.
 

A minha avó amenizava as conversas e traduzia o conteúdo político da expressão como “Bacorinhos”,

Sempre parecia mais giro e doce o palavrão, e todos ficávamos bem e em ordem com as nossas mentes indignadas com o radicalismo poético dos pais da minha mãe.
 

Naturalmente que naquela altura e naquele “tempo” a política já fermentava no sangue de família.

(….)
 

O tema, de facto, é curioso e justifica a reflexão.
 

Mas falamos do quê ??

(concretamente)
 

Claro que é esse o problema,

As condições materiais da nossa existência, a forma e maneira como as conseguimos, e a nossa “relação” com os outros e com a comunidade que nos envolve.

(sabedora e obediente da sua cidadania voluntária e consciente)

Ou seja, primordialmente “conhecermos” pessoalmente aqueles que mandam e tomam decisões importantes sobre o nosso futuro e a maneira como o vamos viver.
 

(….)
 

Também parece natural e fácil a compreensão de que é necessário haver cúmplices para infringir regras (sofisticadas) de segurança.

Sejam elas quais forem, do âmbito que forem, e utilizados os meios de intromissão ou de interferência que os “inventores de inovações” tenham talento e capacidade para pôr a interagir com o sistema portador da “raiz” da estrutura do software (político ou não).
 

E aqui começam as dificuldades do “antivírus”.
 

No tempo pós-moderno existem dois tipos fundamentais de segurança;

A Segurança das Pessoas e a Segurança dos Bens.


Os muros dissiparam-se, as portas não têm portas, as janelas existem para serem escancaradas e deixarem passar a luz do dia, a segurança territorial do “posto de sentinela” (agora) não é feita de maneira diferente mas tem uma finalidade estrutural diferente;

Controlar os movimentos de quem passa, “olhar” para elas (as pessoas), ver o que há de importante para ver e “Ser Visto”,

Isto é, Segurança de Proximidade;

Para acarinhar as mentes das pessoas que precisam de segurança e refutar as mentes das ameaças que pensam em ameaças.
 

A segurança tradicional mudou de cariz,

Mas não de intensidade nem de condutas técnicas apuradas e judiciosas no cumprimento da missão.
 

Mudou a Ideologia da Segurança,

Não a capacidade operacional de propiciar segurança à comunidade e concretizá-la em “dados Objectivos” de serviço efectivo.
 

(….)



Qual será o objectivo primordial desta ”interferência” ??
 

Haverá alguma sintomatologia relevante associada ?

E qual será ela ? 

Estará associada a emblemas carismáticos de grandes temas globais nos quais esteja em questão a sobrevivência da humanidade ???
 

E esse combate, no final das contas todas, a quem (de facto) lesiona ou prejudica de forma séria e permanente ??

E porquê todo o procedimento envolvido nas “contendas políticas” ??
 

Estaremos, portanto, a falar do quê ??  (….)
 

Muitas perguntas e poucas respostas para as pessoas que nada Vêm de especial “Nisto” e em tudo o mais (….).

(de uma maneira geral)



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ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:


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“…

de:




Originalmente, e para certos programadores, hackers (singular: hacker) são indivíduos que elaboram e modificam software e hardware de computadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas, seja adaptando as antigas, além de terem muito conhecimento em informática.

Originário do inglês, o termo hacker é utilizado no português em conjunto com sua grafia lusófona, decifrador.

Os hackers utilizam todo o seu conhecimento para melhorar softwares de forma legal.

Eles geralmente são de classe média ou alta, com idade de 12 a 28 anos. Além de a maioria dos hackers serem usuários avançados de Software Livre como os BSD Unix (Berkeley Software Distribution) e o GNU/Linux, fatia esta de pessoas contra o monopólio da informação.

A expressão original para invasores de computadores é denominada Cracker, termo criado com esta finalidade, designando programadores maliciosos e ciberpiratas que agem com o intuito de violar ilegal ou imoralmente sistemas cibernéticos.

(…)



Existe uma Ética Hacker.

Equivocadamente é usado referindo-se a pessoas relativamente sem habilidade em programação e sem ética, como criminosos que quebram a segurança de sistemas, agindo ilegalmente e fora da ética hacker.

O problema é quando os crackers e script kiddies são referidos como hackers pela imprensa, por falta de conhecimento, gerando uma discussão sem fim.

Nesse sentido, os hackers seriam as pessoas que criaram a Internet, fizeram do sistema operacional Unix o que ele é hoje, mantêm a Usenet, fazem a World Wide Web funcionar, e mantém a cultura de desenvolvimento livre conhecida actualmente.

É comum o uso da palavra hacker fora do contexto electrónico/computacional, sendo utilizada para definir não somente as pessoas ligadas a informática, mas sim os especialistas que praticam o hacking em diversas áreas.



…”



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