Naturalmente
que somos todos iguais mas temos graus de “canalhice” política diferente,
ou
de outra forma,
presume-se
que os nossos direitos civis de cidadania portuguesa serão transversais e
globais (numa perspetiva “interior”) mas os privilégios políticos de acesso à
propriedade privada comum do Estado são (“de facto”) muito diferenciados e
grandemente suspeitos para grande número dos nossos “melhores cidadãos”.
Mas
o mais significativo e espantoso será a transparência da alma dos “cidadãos
políticos” aqui denominados “Manequins da Rua dos Fanqueiros”;
Então
não é que os “senhores” acham que o Nosso país é deles ???...
E
porque (aparentemente) “isto” será ridículo (…) os senhores manequins
(políticos por natureza específica) não perceberam aquilo que é óbvio – são
Atores do Sistema Nacional (…);
Portanto,
cumprem um papel para o qual são vestidinhos e bem calçados, com gravatinha e
chapeuzinho, ou lacinho ou outra coisa qualquer;
Cumprem
o seu papel com grande naturalidade e ênfase na (sua) missão, e de tal forma e
maneira que julgam-se na posse e no direito de usarem (e desfrutarem) a seu
belo prazer daquilo que é propriedade comum a toda a cidadania (política).
E esta
questão não é pacífica como também não será estúpida, antes é um problema sério
Próprio de países do terceiro mundo que se transformam naturalmente em jardins
zoológicos (políticos) onde as criaturas em questão habitam em permanência
demonstrando pouca vontade “orgânica” em mudarem os seus hábitos, usos e
costumes.
(…
“adquiridos por direito próprio…”)
E sendo
que parece “ser assim”, como dizem as pessoas antigas, também vão dizendo o
mesmo cada vez mais as pessoas “modernas” e recentes na história.
Mas
aquilo que parece certo, preocupante e perigoso é que a Missão deixou de ser um
problema da comunidade para tornar-se num problema íntimo e pessoal aos tais “Manequins
da Rua dos Fanqueiros”,
circunstância
essa que (naturalmente) se irá extinguir na temporalidade da existência
política do campus social, mas nem por isso passível de ser ignorada ou
omitida.
[….]
Politicamente
uns rendem-se outros não, uns mandam mal outros melhor,
alguns
pura e simplesmente deixam essa “chatice” para os subalternos “fazerem”,
que
é normalmente quando a “coisa” corre um pouco melhor;
Mas
não deixa de não ser curioso verificar e registar a Falta de Cumplicidade política
e estratégica da Ação de Comando (e do comando político) com as pessoas
representadas,
e não
se percebe a razão imediata de tal “istmo”,
poderá
ser falta de vocabulário (?), será falta de argumento (?), ou antes por
diferenças inconfessáveis (e incontornáveis) de visão ideológica (?…);
Aquilo
que se vê à vista desarmada é uma semelhança incómoda com uma certa Autoridade
Colonial instalada no Poder à conta de uma santa providência de sistema
político improvável e inverosímil,
uma
autoridade nobiliárquica e “justa” (no seu entendimento próprio), necessariamente
arbitrária enquanto destino político natural da “Propriedade Feudal” do Estado(…).
(…
“uma espécie” de processo de compensação de Deus pelas injustiças da mãe natureza
??…)
Mas
o que parece mais espantoso é a visão exterior da Hostilidade e da Arrogância
deste “Fenómeno” de posse da “Propriedade Privada do Estado”,
e de
forma inverosímil e inquestionável em nome da “Democracia do Povo Português”,
um
fenómeno passível de catalogação objetiva – “O Show Dantesco do Socialismo
Saloio” (!!).
[….]
Procurando
justificações racionais (…),
as
pessoas em questão aparentam cérebros baralhados com a velocidade da história
política recente da Nação,
mas
francamente fico com as minhas dúvidas sérias em tal verdade que não apenas a
justificação simples e imediata daquilo que aparece à vista desarmada – maldade
genética e a mais pura idiotice de crianças mimadas a defenderem com ardor a
propriedade política do (seu) “jardim da celeste” e a sua loja de algodão doce
e bijuterias financeiras golosas.
Que
ricas criaturas os nossos Manequins da Rua dos Fanqueiros.
[….]
Pós-Scriptum – Num outro assunto mas “tão importante
como”…
(na
linha do sol)
Mas
o que é “Aquilo” ??? Que “fotografias
de comportamento corporativo” são aquelas ???
Comunidades “Tribunal” (tipo aquela “loja” do dragão) ???
Mas
“isto” (assim) parece apontar para “Morte Cerebral” como destino final do nosso
ecossistema político, económico e estratégico…
Será
que é aquilo que Nós Queremos enquanto Comunidade Corporativa ??
(e
“tudo” por referenciação à estratégia “deles”…)
§§§§
/ §§§§
ANEXO –
LEITURA BIBLIOGRÁFICA:
………………..
“…
de:
Havia de tudo na Rua dos Fanqueiros, na baixa
lisboeta. Do moderno ao tradicional, para o pobre e o rico, as montras exibiam
orgulhosamente os seus panos, carpetes, tecidos a metro e o pronto-a-vestir. Só
que hoje há menos gente a espreitá-las.
E se há menos pares de olhos nas vitrinas, também as
caixas registadoras tilintam menos e muitos comerciantes encerram ao final do
dia e já não voltam a abrir com o raiar do dia. É mais uma rua da baixa -
famosa pelo seu vigoroso comércio, apelidada em tempos como centro comercial do
país - que está a definhar.
"Vende-se, trespassa-se, trata". Anúncios
como estes não passam despercebidos a quem percorre a Rua dos Fanqueiros.
"Olhe, aquela ali, já foi casa de noivas, loja de bijuteria, de cosmética,
eu sei lá", solta Adolfo Fernando, apontando para a montra em frente à
loja onde trabalha há perto de quatro décadas, a Armazéns Ramos.
O empregado conta que o declínio começou com a chegada
o metropolitano à baixa e que, desde aí, tem sido sempre a descer. "As
pessoas percorriam isto tudo a pé. Era um mar de gente. Agora, não",
recorda, acrescentando que são cada vez menos as lojas de tradição. "Ali
ao lado, era uma loja de cortinados e varões, que está agora com coisas dos
chineses. Ao nosso lado, era um pronto-a-vestir que tinha a alcunha de Casa da
Velha e vendia roupas de corte mais antigo", explica.
Ao meio-dia, Adolfo Fernando ainda só tinha atendido
duas fiéis clientes. É aliás a fidelização que vai sustentando o pequeno
comércio. "São pessoas que procuram qualidade e que gostam de ser bem
atendidas", diz.
Da afamada Casa dos Panos, fundada em Oitocentos, já
só resta a placa na fachada do edifício. "Estamos quase sem
concorrência", ironiza José Tavares. A sua loja - Tavares - fundada em
1793 será talvez a mais antiga. Está na família há mais de 100 anos, mas já não
vende linhos, atoalhados e panos de lençol como antes.
"As pessoas não têm onde estacionar. Os
hipermercados e centros comerciais desviaram a clientela. Por outro lado, temos
aqui autocarros e elétricos a passar, mas não há paragens", nota.
"Com trânsito ou não, tanto faz. Até acho que se
a rua fosse pedonal era bom. A Câmara deveria preocupar-se mais como o estado
do comércio. Ao fim ao cabo fazemos parte do cartão de visita e a baixa sem nós
não é nada", avança a empregada de um pronto-a-vestir, que não quis ser
identificada.
"Isto não se vê em mais nenhum outro centro
histórico da Europa. Há prédios degradados, outros estão recuperados mas
continuam fechados, e há falta de limpeza", critica José Quadros,
presidente da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina. Este cenário não é
atrativo. "No Chiado, as marcas querem ir para lá. Mas está bem tratado
porque teve um incêndio", acrescenta.
José Quadros garante que a crise estende-se a toda a
baixa, atingindo as ruas da Prata e do Ouro. Nas duas primeiras esquinas da Rua
Augusta há prédios fechados há mais de um ano. Noutros países, não é
permitido", remata.
…”