sábado, 26 de janeiro de 2013

EUGENIA POLÍTICA EM MODO BRANCO NATUREZA - “AS NAÇÕES NASCEM ORIGINAIS E TORNAM-SE CÓPIAS ??” (parte 1)

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“Isto” será verdade ??

 

O discurso é o mesmo (…), é recorrente, e até monótono no “formato estratégico” (…),

é indiscutível que precisamos de gente nova e com valor crítico na “era” da modernidade em questão.

 

Pessoalmente, quase por idiotice, continuo a acreditar nos valores morais e no ideário filosófico de quem é a força motriz de uma sociedade e de uma comunidade de vidas;

(sejam elas quais forem)

 

E de forma tal a grandeza envolvida no meu fenómeno pessoal que o pensamento inicial (depois de muitas lições arquivadas nas arcas da nossa memória coletiva) salta com exuberância para cima da mesa helicoidal – nesta conversa estaremos a falar de política (?) ou será (antes) estratégia em formato Po ??

 

Enfim, serão apenas perguntas soltas…

(eventualmente parvas)

 

[….]

 

Como antes dito o discurso é exatamente o mesmo,
talvez só um comentário ingénuo (assumidamente idiota) para os patriotas de “África Minha”    “… E Agora ???...”

(“… como é, fazemos o quê, pensamos como, e para onde vamos…”)

 

[….]

 

 

Será Natureza, Será Educação ??

Educação não é certamente,

porque a natureza “não bate assim”;


(formato poesia branco natureza)



[….]




Os paradigmas do tempo que passou,
ou os problemas da alma de “gente parva” que tem marcado de forma irreal, deprimente e absurda a história da nossa vida,
mercenários políticos da alma da gente boa do povo português,

putas autenticas do regime político “democrático” (!!).

 

Mas como “eles” estão contra os portugueses e “isso” afeta a estratégia de liderança do grupo lusitano,
para onde julgamos que iremos assim tão frescos, felizes e lampeiros com os nossos sucessos em jogos “da reserva moral” ??

 

Falemos a linguagem “deles” mas vamos pelo nosso caminho.

 

[….]

 

As Grandes questões políticas do Estado;     

(português)


O milho transgénico, as alterações climáticas, o aquecimento global, o crescimento insustentável de todos os “elementos químicos” da sociedade, os “bailes dançantes” do salão politico em modo virtual, a world wide web em modo “facebook de borla”, o Fundo Social Europeu de direito e democrata, o “Império Romano” e a Grécia Antiga, o perigo (iminente) da Democracia Direta, a conversa da treta em modo VIP, a nossa política e a intelectualidade associada, o dilema do futebol amador e o paradigma do desporto financeiro, os doutores e os “engenheiros” a sobreviverem na selva política por eles inventada;

 

E muitos mais outros episódios desta cinematografia global;




Porque, de facto, relativamente a “Isto” poderemos fazer o quê ??




Talvez escrever,
ainda conseguirei descobrir a minha veia,
escrever talvez.

(com garantia)


[….]





Portanto (confirma-se), esta “escola” é uma aberração que fabrica robôs, doentes alienados, cópias de uma perfeição económica precedente,

qualquer coisa (boa ou má) mas sempre cópia,

porque tudo parece depender da “Natureza Certa” das opiniões boas e com a melhor razão de uma moralidade de vários credos políticos interessados na gestão de uma boa crise;

Agora, de forma emergente e intensa, a gestão do Laboratório de economia política numa parceria público-privada.



Mas “todos” unidos à volta de uma causa qual lareira luzidia que conforta a alma, o corpo, e o espírito peregrino de uma evangelização pela Natureza Política e Social dos homens no seu modo original.



E das mulheres no também original pecado capital, talvez descoberta prazenteira proibida, sempre na senda da estratificação política da sua função criadora.


Tudo "assim" porque de acordo com uma “nova” ordem sempre antiga, a Natureza política e económica do berço de prata dourada (aquele mais enfático no sentido mais abstrato) deverá definir a essência de uma verdadeira Liderança do mundo.



E certamente porque nesse formato ideologicamente mais perfeito será a “Natureza da Vida” (no seu formato original) a definir as suas regras de etiqueta corporativa no Comando da política da nossa vida simples e comum.



[….]


Porque…


Que Diabo, Tu pá excelência, é difícil perceberes que os homens nascem do nada e tornam-se grandes, pequenos ou assim-assim ??


Queres maior, mais certa e feliz natureza do que “essa” ??

(grande besta)

 

[….]


(igual na metáfora de uma Pátria qualquer, início do discurso, palavras Dele)



“… Estudar e aprender os ensinamentos alheios é uma estupidez de gente pobre e desesperada, uma prova cabal de ambição desmedida e artificial por parte de amputados do direito de existir, pátrias de emoção mas sem escrúpulos, invertebrados rastejantes de uma selva política imprópria para o consumo dos Originais, “Nós” (povo único de Deus) que temos sentido político e direito real de vida. “



“ Quando é que Isto acabará ??...”

(pergunta arrastada na resposta ao vento)


“Quando é que alguém fabricará uma bomba que seja uma ferramenta eficaz para resolver Isto ?? ”



“ O fim deste mal é utópico e infinito ??? ”



“ Não poderemos sonhar com a realização da nossa felicidade original ?? ”



“... Nós, príncipes do mundo, que herdámos o poder e é nosso pelos direitos da natureza dos homens no culto dos privilégios carismáticos de uma religião imortal que lidera o mundo desde os tempos da criação ancestral do homem, do bem e do mal, da Natureza Espiritual da Vida… “



[etc. e tal]




(….)





Parecem ser estas as grandes questões do pensamento diário em modo afirmativo da gente em versão “Natural”,

as histórias em “perfil alto” de uma “personalidade coletiva” unívoca e parcial, falaciosa na natureza e na abrangência do contexto político, própria de um “grupo indiferenciado” na missão específica,

contudo (não obstante) politica e socialmente animado de uma violência corporativa ímpar (…).



Verdadeiros “chicos-espertos” arrebanhados em batalhões de gente perdida no défice da sua personalidade doente,

gente que acredita na fé do Seu Deus e pouco nos seus homens,

que acredita na “cristandade” estratégica esmaltada na “alma única” do seu “povo líder”;

 

E pouco (ou nada) no projeto coletivo de uma Nação que respira o oxigénio de uma “fotossíntese” produzida e fabricada no labor arrebatado dos sonhos da gente que ama e acredita na missão da vida e do trabalho dos homens na sua Terra.

 

(e sem equívoco também etc. ….)

 

[….]

 

 

E conseguimos Vencer a Crise ??

 

O problema político está dirimido ??

 

A Segurança estratégica deste país está assegurada ??

 

E por quem ??

 

(concretamente)

 

 

 

[………….]

 

 

PS: Este fenómeno também dá pelo nome de Eugenia ???

 

 

 


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

AS FUNÇÕES DO ESTADO – “A ANATOMIA DO ESTADO” (upgrade da parte 3) -- [ALGUNS COMENTÁRIOS]

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Não me parece nada boa ideia “canalizar” Energias (sempre importantes) para a (nossa) “Esquerda Democrática” que em má hora nos conduziu ao estado de pobreza em que nos encontramos.
 

E esta pobreza tem vários sentidos dialéticos e estratégicos que não apenas o conteúdo material e financeiro caracterizado pelas agências de referência,
terá muito mais de propriedade própria com uma crise de valores políticos e morais que atravessa a sociedade e o sistema político de gestão e administração da propriedade coletiva dos portugueses;

 
“Sistema político” diretamente conotável com a responsabilidade cível da “esquerda democrática” portuguesa.


E qual será a razão próxima desta situação de relaxe político e de desnorte de liderança ??

 
Tudo está em cima da mesa do reino para quem quiser ter o “desplante” de a contemplar com vontade de ver.

 

[….]

 

Mas ressaltam algumas perguntas naturais…

 
Terão querido “as pessoas” envolvidas provocar algum estado de guerra em Portugal ???
 

(nesse caso intenção manifestamente falhada)

 

E a tentativa de uma guerra civil com “armamento militar” (na dimensão dos “eventos”) teria sido para quê ??...

(concretamente)
 

Parecem ser perguntas curiosas e estupefactas perante o insólito da natureza e da intensidade da crise (propositadamente ?) provocada em Portugal.

 

(…)

 

A conversa restante será desnecessária porque todos sabemos as respostas certas para as nossas perplexas inquietações sobre o défice olímpico de ética, moral e deontologia política que afetou alguns dos nossos Presumíveis Cidadãos de Bem, de Honra e de Dignidade pessoal e institucional;

 

Mas (de todo) não parece resultar outro “remédio” útil que não seja fazermos o luto de tais factos de “guerra política” infligidos ao país e à comunidade de cidadãos portugueses que insistem em manter reluzente e acesa a chama viva da nacionalidade portuguesa numa Europa que, de forma clara, reclama a nossa integração plena na paisagem da geografia estratégica e na cidadania europeia.

     

[….]

 

Mas julga-se que valerá a pena insistir num raciocínio higiénico:

_ Qual seria o resultado desejado para produto final de um trabalho preparatório cauteloso e detalhado em profundidade nos “pormenores” mais relevantes e sofisticados da implementação firme e determinada do desastre político, económico e financeiro imposto ao Estado Português ???…

 

Provocar uma “Guerra Civil” em Portugal ??

 

E porquê e para quê ??...

 

Ou melhor,

qual seria a solução final ambicionada e o “Estatuto Político” residual na caracterização do grupo envolvido ??...

 

A liderança da Nação ?

 

Parece tudo uma “brincadeira” de (muito) mau gosto,

estupidamente disparatada e patética,

e serão perguntas tolas à brisa enjoada que passa por nós nestes momentos de reflexão pública descuidada e (muito) incómoda.

  

 

Mas haverá respostas incontornáveis,
indiscutivelmente presumidas,

e serão uma suposição óbvia (claro),
porque o Objetivo Final seria apenas Fazer Cair o Estado Democrático e de Direito Português…

 
[o que parece ser Extraordinário (!!) para quem olha para a paisagem política envolvida]

 

(…)

 

O paradigma político do século XX foi, sem dúvida nenhuma, a questão de saber como destruir o Estado (!!);

E um pouco por todo o mundo, de leste a oeste e de norte a sul do planeta azul,
toda a “gente” pretende descobrir a melhor e mais elaborada maneira de destruir o aparelho do Estado do país que o viu nascer e lhe deu uma identidade e uma cidadania de “membro do mundo”.

 

E esta questão atingiu (sem grandes alardes) a sua culminação no final do século XX e início do século XXI,
a tal ponto que nas zonas mais agitadas do globo esta problemática entrou em fase de autodestruição civilizacional;

 

Falamos, portanto, da Europa, uma das zonas mais ricas e prósperas do mundo, e onde a qualidade de vida é mais sofisticada mas também volátil,
ou seja, países onde a sua componente de Segurança e Defesa Nacional deveria ser especialmente forte, operacionalizada e musculada.

 

Mas o paraíso político da democracia e do liberalismo económico (ou do libertarianismo para caracterizar melhor a “coisa”) apontam em sentido contrário;

 

No caso do liberalismo “libertarianista” a estupidez da cegueira do capital e dos valores financeiros negam uma visão política e estratégica correta e adequada, ou seja, onde se dê primazia à Segurança do Estado segundo princípios Keynesianos;

 

(… porque as agências financeiras de segurança e defesa ainda não deram provas cabais da sua eficiência e eficácia…)

 

Quanto ao paradigma da Burrice Cega da Democracia e dos políticos democratas que vêm no regime que os elege (à categoria de nobreza real) um oásis de liberdade e de independência pessoal e institucional,
assegurada por princípios de segurança irrefutáveis e de independência estrutural imbatível que os proclama como casta superior do seu reino político,

talvez se deva dizer que mais imbecil não poderia ser o seu raciocínio primário e mais vulnerável também não poderia ser o seu “império político”.

 

E as consequências de tais desvarios e dos desvios à realidade da “vida na selva natural” também não poderiam ser mais reais, visíveis e enfáticos de significância política, filosófica e estratégica;

 

Se bem que, neste caso, haverá mais e melhores razões a reputar como privilegiadas na “Causa das Coisas”,
concretamente a “Causa Africânder” e o africanismo colonial enquanto cultura política enraizada na medula e no sangue vital que corre pelo corpo da “intelectualidade burguesa” que governa Portugal de norte a sul,

e da esquerda política radical à direita política ultra conservadora.

 

(…)

 

E até poderia ser assim a “morte do artista”,
se não houvesse “outros” a cuidar do nosso corpo e da nossa alma de povo português de Deus e do mundo.

 

[….]

 

O Estado pode perecer por duas (únicas) razões – para as bestas imberbes perceberem (…) - ou através de uma Guerra (vinda do exterior) ou numa Revolução dos seus “súbditos” e povo correligionário;

(e cúmplice nos objetivos de Pátria e de Nação…)

 

E tal circunstância, nas condições atuais de estado democrático e de direito, é absolutamente ridícula,
e também por duas razões;

 

A primeira é que a Europa (restante) quer-nos como parceiros comunitários e não como adversários (de nada nem de coisa nenhuma), até porque somos excelentes criados, sopeiras, serventes, e até técnicos qualificados para os servirem com garbo e excelência porque eles pagam muito bem;

 

A segunda diz respeito a uma questão também ela razoavelmente simples – é que as suas Forças Armadas (de Portugal) só fazem revoluções “uma vez por século”, ou seja, quando “tal circunstância” é um caso perdido,
e um caso de viver ou de morrer em termos civilizacionais (e em seu nome) pelo país chamado Portugal.

 

 

Como no século passado já aconteceu duas vezes,
sendo tudo história militar cognitiva numa perspetiva (perigosamente) intelectual e filosófica.

 

 

[….]

 

 

Sugiro a leitura do texto ilustrativo em anexo.

 

 

§§§§ / §§§§

 

 

ANEXO – LEITURA BIBLIOGRÁFICA:

 

………………..

 

 

“…

 

de:


 

 

Como É Que O Estado Se Preserva

 

[….]

 

 

Uma vez o estado estabelecido, o problema do grupo ou “casta” dominante é o de manter o seu domínio. Embora o seu modus operandi seja o da força, o seu problema básico e de longo curso é ideológico. Pois para continuar no poder, qualquer governo (não simplesmente um governo “democrático”) tem que ter o apoio da maioria dos seus súbditos.

 

Esse apoio, note-se, não precisa de ser um entusiasmo ativo; pode bem ser uma resignação passiva como se de uma lei inevitável da natureza se tratasse. Mas tem que haver apoio no sentido de algum tipo de aceitação; caso contrário a minoria dos governantes estatais seria em última instância suplantada pela resistência ativa da maioria do público.

 

Uma vez que a depredação tem que ser mantida por um excedente na produção, é necessariamente verdadeiro que a classe que constitui o estado – a burocracia estabelecida (e a nobreza) – tem que ser uma pequena fração minoritária no território, embora possa, claro, comprar aliados entre os grupos importantes da população.

 

Como tal, a principal tarefa dos governantes é sempre a de assegurar a aceitação ativa ou resignada da maioria dos cidadãos.

 

(….)

 

Sempre que um governante se faz ditador… todos aqueles que se deixam corromper pela ambição desmedida ou por uma avareza extraordinária, reúnem-se em torno dele e apoiam-no para que possam ficar com uma porção do espólio e para se instalarem como pequenos chefes abaixo do grande tirano.

 

Claro que um dos métodos para assegurar o apoio é através da criação de interesses económicos legalmente garantidos. Como tal, o rei sozinho não pode governar; ele precisa de um grupo considerável de seguidores que desfrutem dos pré-requisitos da governação, por exemplo, os membros do aparato estatal, tal como a burocracia a tempo inteiro ou a nobreza estabelecida.

 

(…)

 

Os intelectuais são, por isso, os “formadores de opinião” na sociedade. E uma vez que é precisamente um moldar da opinião o que o estado desesperadamente precisa, a razão da antiquíssima aliança entre o estado e os intelectuais torna-se clara.

 

É evidente que o estado precisa de intelectuais; não é tão evidente por que é que os intelectuais precisam do estado. Posto de forma simples, podemos afirmar que o sustento do intelectual no mercado livre nunca é muito certo; pois o intelectual tem que depender dos valores e das escolhas das massas dos seus concidadãos e é precisamente característico das massas o facto de estarem geralmente desinteressadas de assuntos intelectuais.

 

O estado, por outro lado, está disposto a oferecer aos intelectuais um ninho seguro e permanente no seio do aparato estatal; e como tal um rendimento certo e a panóplia do prestígio. Pois os intelectuais serão generosamente recompensados pela importante função que eles executam para os governantes do estado, grupo ao qual eles agora pertencem.

 

(….)

 

 

 

 

Outra venerável instituição é a do historiador oficial ou historiador “da corte”, dedicada a fornecer a visão dos governantes acerca das suas ações e das dos seus predecessores.  

 

Muitos e variados têm sido os argumentos através dos quais o estado e os seus intelectuais têm induzido os seus súbditos a apoiar o seu domínio. As linhas de argumento podem basicamente ser resumidas assim: (a) os governantes estatais são homens sábios, grandes homens (governam por “decreto divino”, são a “aristocracia” dos homens, são os “especialistas científicos”), muito melhores e mais sábios do que os seus bons, mas simples, súbditos, e o domínio pelo governo é inevitável, absolutamente necessário e de longe melhor do que os males indescritíveis que sucederiam à sua queda.

 

A união da igreja e do estado foi um dos mais bem sucedidos, e dos mais antigos, destes mecanismos ideológicos. O governante ou era abençoado (escolhido) por Deus ou era ele mesmo, no caso do domínio absoluto de muitos déspotas Orientais, o próprio Deus; como tal, qualquer resistência ao seu domínio seria blasfémia. Os sacerdotes do estado cumpriam a função básica intelectual de obter o apoio popular e até a adoração aos governantes. 

 

(….)

 

 

 

Pois o estado, para preservar o seu próprio monopólio de depredação, assegura-se de facto que o crime privado e não-sistemático seja mantido no seu mínimo; o estado sempre zelou pela sua própria preservação. Nos séculos mais recentes, o estado tem sido especialmente bem sucedido em fomentar o medo acerca de outros governantes estatais.

 

Dado que a área territorial do globo tem sido parcelada entre estados específicos, uma das doutrinas essenciais do estado foi a de se identificar com o território que domina. Uma vez que a maioria das pessoas tende a amar a sua terra natal, a identificação dessa terra e do seu povo com o estado foi um meio de usar o patriotismo natural para vantagem do estado. Se a “Ruritânia” estivesse a ser atacada pela “Ualdávia”, a primeira função do estado e dos seus intelectuais era convencer as pessoas da Ruritânia que o ataque era dirigido a eles e não apenas à casta dominante.

 

Desta forma uma guerra entre governantes era convertida numa guerra entre povos, em que a massa dos indivíduos agia em defesa dos seus governantes na crença falsa de que os governantes os estavam a defender a eles. Este mecanismo do “nacionalismo” tem sido útil no Ocidente apenas em séculos recentes; não há muito tempo atrás, a massa de súbditos olhava para as guerras como batalhas irrelevantes entre diversos grupos de nobres.

 

São muitas e subtis as armas ideológicas que o estado tem manejado através dos séculos. Uma dessas armas excelentes tem sido a tradição. Quanto mais tempo o domínio de um estado se consegue preservar, mais poderosa é esta arma; porque então a Dinastia X ou o estado Y tem o aparente peso dos séculos por detrás de si. A adoração aos antepassados passa então a ser a forma não muito subtil de adoração dos antigos governantes.

 

O maior perigo para o estado é a crítica intelectual independente; não há forma melhor de abafar esse criticismo do que atacar qualquer voz isolada, qualquer um que levante novas dúvidas, como um profano violador da sabedoria dos seus ancestrais.

 

Outra potente força ideológica é a de desaprovar e rebaixar o indivíduo e exaltar a coletividade da sociedade. Pois uma vez que qualquer tipo de domínio implica uma aceitação da maioria, qualquer perigo ideológico para o domínio pode apenas começar a partir de um ou poucos indivíduos de pensamento independente.

 

A nova ideia, e ainda mais a nova ideia crítica, só pode ter início como uma pequena opinião minoritária; como tal, o estado tem que cortar a ideia pela raiz ridicularizando qualquer ponto de vista que ponha em causa a opinião das massas.

 

“Ouve apenas os que são da mesma opinião que tu” ou “ajusta-te à sociedade” tornam-se assim as armas para esmagar a dissensão individual. Através destes meios, as massas nunca vão aprender acerca da não-existência da roupa do Imperador (“o rei vai nu”).

 

 

Tudo o que o governo consegue ver numa ideia original é o potencial para a mudança, e dessa forma uma invasão das suas prerrogativas.

 

O homem mais perigoso, para qualquer governo, é o homem que é capaz de pensar por si mesmo acerca dos assuntos, sem ter em conta as superstições e os tabus prevalecentes.

 

Quase inevitavelmente, ele chega à conclusão que o governo sob o qual vive é desonesto, louco e intolerável, e por isso, se for um aventuroso, ele tenta mudá-lo. E mesmo que ele próprio não seja aventuroso, ele é muito capaz de espalhar o descontentamento entre aqueles que o são.

 

É também muito importante que o estado faça parecer que o seu domínio é inevitável; mesmo que o seu reinado seja detestado, será dessa forma olhado com uma resignação passiva, tal como atesta o dito acerca da “inevitabilidade da morte e dos impostos”.

 

Um método é o da indução do determinismo historiográfico, em oposição ao livre arbítrio individual. Se a Dinastia X nos governa é porque as Inexoráveis Leis da História (ou a Vontade Divina, ou o Absoluto, ou as Forças Produtivas Materiais) assim o determinaram e nada que uns indivíduos insignificantes possam fazer será capaz de alterar este decreto inevitável.

 

É também importante para o estado inculcar nos seus súbditos uma aversão a qualquer “teoria da conspiração na história”; pois uma busca por conspirações significa uma busca por motivos e uma atribuição de responsabilidade por delitos históricos.

 

Se, contudo, qualquer tirania imposta pelo estado, ou depravação, ou agressão militar, foi causada não pelos governantes estatais mas por misteriosas e arcanas “forças sociais”, ou pelo estado imperfeito do mundo ou, se de alguma forma, todos foram responsáveis, então não há qualquer razão para as pessoas ficarem indignadas ou se insurgirem contra tais delitos.

 

Além disso, um ataque às “teorias da conspiração” tem como objetivo que os súbditos se tornem mais crédulos em relação às razões de “bem-estar geral” que são sempre apresentadas pelo estado como justificação para os seus atos despóticos.

 

Uma “teoria da conspiração” pode perturbar o sistema por fazer com que o público ponha em causa a propaganda ideológica do estado.

 

 

Outro velho e eficaz método para curvar os súbditos à vontade do estado é a indução da culpa. Qualquer aumento do bem-estar privado pode ser atacado como “ganância inaceitável”, “materialismo” ou “riqueza excessiva”, o lucro pode ser atacado como “exploração” e “agiotagem”, as trocas mutuamente benéficas são denunciadas como “egoístas” chegando-se sempre, de alguma forma, à conclusão de que deviam ser canalizados mais recursos do privado para o “sector público”.

 

A culpa induzida torna o público mais pronto para fazer esta transferência. Enquanto que os particulares tendem a se entregar à “cobiça egoísta”, a incapacidade dos governantes estatais em realizar intercâmbios significa supostamente a sua entrega a causas mais nobres e elevadas – a depredação parasítica sendo aparentemente mais elevada, estética e moralmente, do que o trabalho pacífico e produtivo.

 

Na era presente, mais secular, o direito divino do Estado foi suplantado pela invocação de um novo deus, a Ciência.

 

O governo estatal é agora proclamado como ultracientífico, como constituído por um painel de especialistas. Mas mesmo que a “razão” seja mais invocada do que em séculos passados, essa não é a verdadeira razão do indivíduo e do seu exercício de livre arbítrio; é ainda a razão coletivista e determinista, que implica sempre agregados holísticos e a manipulação coerciva de súbditos passivos pelos seus governantes.

 

 

O aumento do uso de gíria científica permitiu aos intelectuais do estado tecer justificações obscurantistas para o domínio estatal que teriam sido imediatamente recebidas com irrisão pela população de uma época mais simples.

 

Um assaltante que justificasse o seu roubo dizendo que na verdade ajudou as suas vítimas pois o gasto que fez do dinheiro trouxe um estímulo ao comércio, teria convencido pouca gente; mas quando esta teoria se veste com equações Keynesianas e referências imponentes ao “efeito multiplicador”, é infelizmente recebida com maior respeito. E assim o assalto ao bom senso continua, em cada época realizado de maneira diferente.

 

Por conseguinte, sendo o apoio ideológico indispensável para a manutenção do estado, este é incessantemente obrigado a impressionar o público com a sua “legitimidade” de forma a distinguir as suas actividades das de uma mera quadrilha mafiosa.

 

A contínua determinação dos seus assaltos ao senso comum não é acidental pois, tal como sustenta vividamente Mencken:

 

O homem comum, qualquer que sejam as suas falhas, pelo menos vê claramente que o governo é algo que existe à parte de si e à parte da maioria dos seus concidadãos – que o governo é um poder desassociado, independente e hostil, apenas parcialmente sob o seu controlo e capaz de o prejudicar seriamente. Não é por acaso que roubar o governo é visto em geral como um crime de menor magnitude do que roubar um indivíduo, ou até uma empresa…

 

O que está por detrás deste sentimento, creio eu, é o profundo sentido de antagonismo fundamental entre o governo e as pessoas que ele governa. O governo é tido não como um comité de cidadãos eleitos para resolver os problemas comuns a toda a população mas como uma empresa autónoma e separada, dedicada principalmente à exploração da população para benefício dos seus próprios membros…

 

Quando um cidadão particular é roubado, uma pessoa digna foi privada dos frutos do seu esforço e dedicação; quando o governo é roubado, o pior que acontece é que uns patifes ociosos ficam com menos dinheiro para brincar do que antes. A noção de que mereceram ganhar esse dinheiro não passa pela cabeça de ninguém; essa ideia é ridícula para qualquer pessoa sensata.

 

[….]

O Que O Estado Teme

 

O que o estado teme acima de tudo, claro, é qualquer ameaça fundamental ao seu próprio poder e à sua existência.

 

A morte do estado pode acontecer de duas formas: (a) através da conquista por outro estado, ou (b) através de um derrube revolucionário feito pelos seus próprios súbditos – ou seja, através da guerra ou da revolução.

 

 

Guerra e revolução, sendo as duas ameaças essenciais, suscitam invariavelmente nos governantes estatais uma resposta máxima e a máxima propaganda direccionada à população.

 

 

Tal como dissemos anteriormente, qualquer meio deve sempre ser usado para mobilizar as pessoas a defender o estado na crença de que se estão a defender-se a si mesmas.

 

A fraude subjacente a esta ideia torna-se evidente quando a conscrição é usada contra aqueles que se recusam a “defender-se” e que são, como tal, forçados a juntar-se ao bando militar do estado: escusado será dizer que não lhes é permitida qualquer “defesa” contra este acto do “seu próprio” estado.

 

 

Em guerra, o poder do estado é levado ao extremo, e sob os slogans da “defesa” e da “emergência” pode impor uma tirania ao público que, em tempos de paz, seria abertamente resistida.

 

Como tal a guerra provê muitos benefícios a um estado e, de facto, todas as guerras modernas trouxeram aos povos envolvidos um legado permanente de maiores fardos estatais sobre a sociedade.

 

 

A guerra, além disso, provê ao estado tentadoras oportunidades para conquistar territórios sobre os quais pode exercer o seu monopólio da força. Randolph Bourne estava certamente correcto quando escreveu que “a guerra é a saúde do estado” mas, para qualquer estado em particular, uma guerra pode significar ou saúde ou danos graves.

 

 

Temos visto que o apoio por parte dos intelectuais é fundamental ao estado, e isto inclui o apoio contra as suas duas ameaças essenciais.

 

Assim, acerca do papel dos intelectuais Americanos no envolvimento da América na Primeira Guerra Mundial, ver Randolph Bourne, “The War and the Intellectuals,” in The History of a Literary Radical and Other Papers (New York: S.A. Russell, 1956), p. 205–22.

 

 

Tal como Bourne evidencia, um dos métodos comuns dos intelectuais para ganhar o apoio do público para as acções do estado é o de desviar qualquer discussão para os limites da política do estado e de desencorajar qualquer crítica total ou fundamental deste enquadramento básico.

 

 

Tal como Mencken o descreve, à sua maneira inconfundível:

Este gang (“os exploradores que formam o governo”) é praticamente imune ao castigo. As suas extorsões mais graves, mesmo quando são claramente para proveito privado, não acarretam qualquer pena certa sob as nossas leis. Desde os primeiros dias da República que menos de umas podemos testar a hipótese de que o estado está principalmente interessado em proteger-se a ele mesmo e não aos seus súbditos pondo a questão: que categoria de crimes é que o estado persegue e pune mais intensamente – aqueles contra os cidadãos particulares ou aqueles contra ele próprio?

 

Os crimes mais graves no vocabulário do estado são quase invariavelmente não agressões contra pessoas e propriedade privada, mas sim ataques contra o seu próprio bem-estar, por exemplo, traição, deserção de um soldado para campo inimigo, faltar ao alistamento, subversão e conspiração subversiva, assassinato de governantes e crimes económicos contra o estado tais como falsificação da sua moeda ou evasão fiscal ao imposto sobre o rendimento.

 

 

Compare-se o grau de zelo dedicado a perseguir um homem que tenha atacado um polícia com a atenção que o estado presta ao assalto a um cidadão comum.

 

Curiosamente, no entanto, a prioridade abertamente concedida do estado à sua própria defesa contra o público levanta poucas suspeitas de incongruência em relação à sua presumível razão para existir.

 

[….]

 

…”

 

 

………………..