segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O CAPITALISMO, O ESTADO SOCIAL E OS YUPPIES PORTUGUESES (parte 1)

http://fjjeparreira.blogspot.com


 

O equívoco político do Estado Português (…).


Quando iniciei esta “cruzada escrita de verdade” não tinha como intenção ingénua e juvenil atingir um estado e uma situação de plenitude (seja ela qual for e queira “isso” dizer o que quer que seja), e muito menos uma intenção pessoal de democracia justa e pluralista para a nossa vida comum, transversal e global.

Mas há “coisas” que é importante dizer sob pena (em caso inverso) de o nosso teatro e a nossa cinematografia circunscreverem-se ao género de “revista” e aos tramas de natureza e amplitude cómica e de comédia.

[sem ponta de menosprezo político porque sou grande fã de filmes como são os (nossos) desenhos animados]


(….)
 

“Falemos” um pouco sobre os Estados que são uma “máquina de guerra” conhecida como Sociais - os “Estados Sociais”.

Este problema do tipo “saga de estudo” tem tudo a ver com o carreirismo yuppie do aparelho político instalado no Estado/Nação Português.


Arrepiando o caminho e contornando conceitos técnicos que são descritos na ilustração temática, o que haverá de novo aqui (…) neste palavreado e na figura de estilo associada ??

O palavrão “yuppies” remete para a cultura americana de capitalismo generalizado e desenfreado, para o pós-modernismo político, social e estratégico, mas também para uma cultura de valores e méritos técnicos, a inteligência sofisticada, a capacidade psicológica quase sobrenatural, e a felicidade do sucesso profissional;

E (necessariamente) padrões de qualidade apurada, enriquecimento, crescimento económico e progresso exponencial.


É este o padrão de vida americano no qual a capacidade individual e o mérito pessoal são “reis” do sistema, mas também deveremos considerar que se inserem “nele” algumas qualidades e valores como a honestidade e a lealdade, a integridade de caráter e os valores morais de cidadania (comuns e generalizados na classe média), condições tipo de padrão social utilizadas como ferramentas de sistema indispensáveis e incontornáveis à sociedade americana.

(sob pena de tudo desmoronar na sociedade capitalista e liberal, e daí “talvez” a grandeza e intensidade do Estado Policial Americano)

Naquela matriz política nascem, portanto, os cidadãos a quem apelidam de “Yuppies Americanos”;

Que do nada de seu pessoal e privado atingem uma grandeza económica, social e estratégica de dimensão importante e surpreendente, utilizando como “alavancas políticas” de crescimento os valores do seu mérito intelectual, técnico e profissional.

São assim as regras deste jogo que tem árbitros e fiscais de campo inseridos em profundidade no seio do Estado,
destemidos, intolerantes, violentos mesmo, e insensíveis à “dor” causada pela sua acção fiscalizadora.


(….)

O sonho americano de “todos” é aquele, sem mácula ou equívoco,
a terra das oportunidades onde o valor e o mérito pessoal são as cartas de trunfo quase únicas na mesa.


(….)
 

E onde “joga isto” com o Estado Social Europeu ??

A Segurança Social é uma invenção europeia que pretende proteger os seus cidadãos das intempéries de uma vida dedicada ao trabalho e ao bem social comum.

Claro que valores como justiça social, protecção aos mais fracos e desfavorecidos, solidariedade e democracia social são expoentes importantes mas também adereços de conteúdo;

A proteção ao esforço comum (pela via do trabalho produtivo) em prol do Estado e da Nação será o verdadeiro espírito operativo da aplicação política conhecida como Estado Social.


E em quase toda a Europa isso será verdade,
mas em Portugal não.

Nós não somos assim !!

Nós somos muito mais práticos, o Estado é uma máquina política que propicia lucro e riqueza a quem conseguir ascender a Ele.

O sistema político é, pois, uma “máquina de guerra” que se gere a si próprio em prol dos interesses pessoais e privados das organizações políticas acreditadas no aparelho do Estado, e do respectivo clientelismo político sectário.

Os partidos políticos gerem carreiras políticas muito antes de gerirem os interesses políticos e económicos do país e do seu povo contribuinte e pagador do negócio colectivo do Estado.

Mas o mais grave na sua fisiologia própria de funcionamento é que poderiam ser competentes na sua missão (os políticos) mas antes pelo contrário, são incompetentes, e gerem o património colectivo com dolo e erro de procedimento;

Sem que se perceba muito bem quais serão os verdadeiros critérios de classificação e selecção para o desempenho de funções de governação no Estado Português.

(em particular naqueles casos que respeitam aos insucessos e más acções governativas em todos os níveis e escalões do poder, seja ele central, regional ou local)

Falamos de verdadeiros “Yuppies caseiros” paridos pelo aparelho político do Estado Português !!


E este será um dos seus problemas principais,
e dos portugueses (em particular) que acham que os seus filhos um dia também serão beneficiados por este sistema de coisas.

Naturalmente que vender as “viaturas” do Estado ou participadas pelo Estado (as empresas públicas e aquelas que são participadas), que numa matriz territorial tanto valor têm para a economia política yuppie (dos pupilos e correligionários), é um atentado ao núcleo central do funcionamento de todo o sistema;

E inviabiliza-o, claro, pura e simplesmente (…).


(….)
 

O essencial de tudo e do “problema específico” está contado,
o restante do principal será escrito em capítulos subsequentes.
 

Quanto ao sumário do assunto e deste texto poderia ser “dita” uma frase lacónica:

_ O Sistema Político Português é um Logro !!
 

(……)

§§§§§ / §§§§§

ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:

                                                                                     ………………..
 

“…
de:




"Yuppie" é uma derivação da sigla "YUP", expressão inglesa que significa "Young Urban Professional", ou seja, Jovem Profissional Urbano.

É usado para referir-se a jovens profissionais entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira intermediária entre a classe média e a classe alta. Os yuppies em geral possuem formação universitária, trabalham em suas profissões de formação e seguem as últimas tendências da moda. O termo também passou a ser utilizado no Brasil e em Portugal sem tradução, e com o mesmo significado adotado na língua inglesa.

Ocasionalmente o termo é utilizado com certa carga pejorativa, como um rótulo, um estereótipo, tanto em países de língua inglesa (nos EUA, por exemplo, onde a expressão surgiu) quanto também no Brasil ou em Portugal.


O termo "yuppie" descreve um conjunto de atributos e traços de comportamento que vieram a constituir um estereótipo que se acredita ser comum nos EUA, Inglaterra e outros países do ocidente.

De fato, as transformações pelas quais passou o mundo durante os anos 80 foram responsáveis por alterar profundamente a ideologia e as relações pessoais entre os grupos de jovens adultos.

A ascensão da era Ronald Reagan/Thatcher foi parcialmente responsável pelo surgimento do yuppie.  As políticas promovidas por Reagan e Thatcher tiveram um papel fundamental em transformar as relações entre o indivíduo e a sociedade.

Com a sistemática diminuição dos gastos do governo, diminuição da carga de impostos e progressiva transferência do poder do Estado para a população por meio de privatizações, gerou-se uma mudança significativa das sociedades ocidentais e da mentalidade de seus cidadãos, o que em conjunto com o boom de crescimento económico gerado por tais políticas, resultou em uma nova mentalidade focada no indivíduo e na satisfação dos anseios do mesmo.

Ao mesmo tempo, a queda do Muro de Berlim consolida a hegemonia do Capitalismo. Assim, as décadas de 80 e 90 se caracterizaram pela retração das ideologias de cunho coletivista e pela ascensão de uma ideologia focada no indivíduo.

Assim, o sucesso profissional e o consumo de bens materiais ganharam importância incrementada na sociedade.


Normalmente, os yuppies são mais conservadores que a geração anterior, hippie.

Deixando de lado as causas sociais abraçadas por aquela geração (a qual havia deixado de lado valores tradicionais), os yuppies tendem a ser antes de mais nada profissionais. Tendem também a valorizar bens materiais (especialmente objetos da última moda).

Particularmente isto se aplica a investimentos em bolsas de valores, automóveis importados, inovações para residências e aparatos tecnológicos, como telemóveis (no Brasil, "telefones celulares") mais sofisticados, computadores portáteis, etc.

Porém, a perseguição em ritmo intenso destes bens materiais tem muitas vezes consequências indesejadas. Quase sempre com pressa, buscam itens e serviços de conveniência. A escassez excessiva de tempo pode prejudicar suas relações familiares.

A busca pela manutenção de seu estilo de vida pode significar "stress" e exaustão mental. Podem ter de mudar frequentemente de residência por razões de trabalho, às vezes resultando disto mais tensões familiares. Este estilo de vida agitado em demasia recebeu a denominação em inglês de rat race (mais ou menos como "corrida insana").

Altamente influenciados por um ambiente competitivo nas corporações, eles frequentemente valorizam aqueles comportamentos que descobriram serem úteis para galgar postos mais altos e, por consequência, maior renda e status. Frequentemente levam seus valores corporativos para o lar, para as esposas e filhos.

De acordo com o estereótipo, existe um certo ar de informalidade entre eles; ainda que haja uma série de atividades regulares de grande parte dos mesmos, desde a prática de squash, golfe e ténis até almoçar em casas de sushi ou em bares da moda que servem coquetéis.
 

Uma questão interessante é: "O que acontece a estes profissionais jovens e ambiciosos quando envelhecem?"

Alguns destes profissionais tornam-se estabilizados e bem estabelecidos em suas carreiras, e não necessitam mais ser tão ambiciosos quanto antes. Outros descobrem serem prósperos o suficiente para se aposentarem cedo.

Outros reconsideram seu estilo de vida. Alguns passam por uma crise de meia-idade (um estado de desilusão experimentado em todos os grupos socioeconómicos, ocorrendo por volta dos 40 anos de idade, e atingido quando a pessoa toma consciência de que não é mais tão jovem, passando a refletir sobre o que fez com a própria vida. É considerado também por muitos como um processo de reflexão e de auto-atualização que pode continuar até o final da vida).

Alguns yuppies podem achar que seu estilo de vida falhou em lhes fornecer um significado para sua própria vida, depois de terem gasto um tempo desproporcional unicamente preocupados com suas carreiras.



…”



………………..







terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O “REGÍCIDIO” DO SISTEMA POLÍTICO PORTUGUÊS ATRAVÉS DE UMA INTERPRETAÇÃO PÓS-MODERNA (parte 2)

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««««««
“… Nos anos 80 circula uma vontade de participação e de desconfiança geral, o pós-modernismo.

Pós-modernismo é o nome dado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes, nas sociedades desde 1950.

Mas, existe o medo, o medo de mudança, o medo do novo e a perda do conservadorismo.

Ele nasce com várias mudanças na arquitetura e principalmente na computação, entra na filosofia nos anos 70 como crítica da cultura ocidental, ou seja, são mudanças gerais desde as artes até na tecnologia, e se alastra por todos os lados e meios, sem saber se é uma forma de decadência ou se é um renascimento cultural.

(….)

O pós-modernismo é tudo o que se refere ao novo, foi quando ocorreu a total mudança, ou melhor, uma mudança geral em quase todos os aspectos, desde as artes até as ciências.   (…)”

»»»»»»
……………………………………



Haverá responsáveis ??
De quem será a culpa da hecatombe cultural ?

Todos os sistemas que não se renovam têm tendência natural para a desconfiguração, restando numa situação residual (caracterizada pela ausência de ideias e de conteúdos ideológicos) a gestão da descaracterização e da anarquia organizacional dos “corpos” envolvidos.
(….)

Na realidade, foi “Isto” que aconteceu.

(….)

Os ventos de mudança que sopraram com grande intensidade (e ímpeto revolucionário) vindos de uma Europa pós-2ª guerra mundial  em mutação política, ideológica e estratégica emergente (situação comum a todo o mundo ocidental contemporâneo) invadiram os países limítrofes da Europa, menos desenvolvidos e mais pobres (e mais expostos a um “temporal” político que iria fazer claudicar a sua organização política de Estado/Nação e a sua estrutura económica), alterando de forma radical o Sistema Internacional e impondo uma nova lógica na ordem política e estratégica mundial.

Esses “Ventos de Mudança” tiveram nome próprio e chamaram-se “Descolonização” e “Pós-Modernismo”.

Portugal viria a sucumbir de forma lenta e demorada, mas completa e radical;
E talvez tenha tido os “sinais de doença” clássicos (que caracterizaram a “revolução ocidental”) e a respectiva falta de capacidade de sobrevivência em saúde de regime;
E sobreveio a própria natureza do sistema que abandonado a si próprio e à sua menoridade de autoridade histórica reagiu à doença e tomou o rumo da cura certa, mas também ela intermitente com a maleita política sistémica recorrente, tudo de muito difícil e lenta recuperação funcional.

(….)

Colocando esta metodologia de abordagem em cima da mesa e no plateau, por metáforas mais ou menos infelizes mas eficazes, a recuperação total viria a ser conseguida com remédios e mezinhas vindos de fora, num manancial de “química farmacêutica” bem medido e direcionado (em tamanho e quantidade industrial), mas mal “colocado” na recuperação (política) total que deveria ter tido uma história de recobro mais lenta e cuidada em formatos de desenvolvimento natural mais harmonioso, conveniente para o “sistema muscular”, mais sóbrio e sólido no formato final.
(e duradouro)

O resultado da “Doença Pós-Moderna” foi uma “Cura Pós-Moderna”.

Infelizmente, porque é óbvio que quem não sabe reagir (com as suas capacidades inatas e defesas próprias) e viver bem com a doença, também será certo que terá “Alguma” dificuldade em saber viver bem com a cura em “metodologia de método de ataque” semelhante.

Ou seja, as “pessoas” daquele (nosso) “corpo” interpretaram a cura nos mesmos moldes que interpretaram a doença, atribuindo-lhe valores e significâncias próprias e semelhantes (…);
E, portanto, não soubemos viver (e sobreviver) com aquela “Cura”.
(até agora)

Pela razão singela de que a “química da cura” tem um fórmula semelhante no estilo à “química da doença pós-moderna” que atacou Portugal de forma violenta vinda da Europa Ocidental.

A mesma Europa que nos quer introduzir no seu sistema político e económico (“… à força…”) e que nós (pelas razões apontadas) repudiamos “firmemente”.
(porque ainda não percebemos nada do que se passou no mundo pós-2ª guerra mundial, talvez porque não participámos nela nem fomos diretamente atingidos pelas suas consequências maiores e piores)

Será tão somente “Isto”….
As consequências do “Pós-Modernismo” político, económico e estratégico pós-2ª guerra mundial.

(….)

Continuando com história (…),
naturalmente que de um ponto de vista sociológico os portugueses reagiram (e reagem) a tudo isto como sabem fazer e como é natural que reajam,
“é preciso destruir o sistema político (pós-moderno) !!”

Porquê ??

Essencialmente porque não sabemos o que deveremos fazer e somos altivos e orgulhosos da nossa identidade patriótica;
E essa nossa identidade diz-nos que somos descendentes de D. Afonso Henriques, de Viriato, de D. João I, da Padeira de Aljubarrota, dos heróis das Linhas de Torres, de Mouzinho de Albuquerque, dos heróis da Flandres, e dos heróis da Guerra do Ultramar.

Portanto, perante a Ameaça Pós-Moderna nós combatemo-la até ao último homem, até ao heroísmo, até à insanidade de uma resistência contra nós próprios e contra a nossa existência um pouco mais enriquecida (e mais digna) enquanto cidadãos pertencentes a um mundo mais evoluído, mais próspero, mais rico,
e (claro) mais moderno.

E tudo “Isto” porque o que é “Pós-Moderno” causa-nos alergia, embaraço, inconformismo, uma maleita política e social, e (…),
Insanidade Política.
(….)

Portanto (outra vez),
fizemos um “Regicídio” ao Sistema Político Pós-Moderno porque não sabíamos o que deveríamos fazer em concreto.

De certo, ou mais certo,
e não sabíamos viver com “Aquilo”, com aquela altercação provocada por “Algo” que tanto mal nos havia causado num passado ainda recente e ainda muito fresco na nossa mentalidade patriótica de povo com uma alma que é o nosso orgulho vivo, mas que tanto mal nos faz ao “corpinho” de povo de Deus.
(…..)   


(etc. ……………)
   

§§§§§§ // §§§§§§


ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:


………………..

“….

de:

(…)

Numa concepção evolucionista da História, para que a Humanidade alcançasse plena felicidade e um estágio superior na sua existência, tornava-se necessário abolir da ordem social todas as aristocracias e monarquias.
Deste modo, não poderiam mais ser toleradas as elites tradicionais, destiladas pela ordem natural da Criação, impregnadas de valores cristãos e geradoras da prosperidade que tão bem caracterizou a Civilização Ocidental. Enquanto existissem, elas irradiariam modos de pensar, de sentir e de actuar avessos à “modernidade” revolucionária. Os que ainda se sentissem honrados por nelas serem nascidos, revelariam sentimentos de orgulho e de vaidade e os que lhes dessem valor seriam pessoas ultrapassadas, movidas por meros sentimentos estéticos e saudosistas.
As Monarquias foram consideradas obsoletas e opressoras, as Aristocracias aberrantes e discriminatórias.
A violência passou a ser vista como uma forma legítima para se alcançar uma organização social que se queria mais perfeita pelo nivelamento igualitário.
(….)

Contudo, a Providência nunca abandonou a Terra de Santa Maria. Poucos anos após o Regicídio e o golpe que instaurou a República, Ela chamou-nos de novo a influenciar a História. Foi a três simples pastorinhos, filhos da nossa gente, que a Virgem escolheu para transmitir a mensagem mais importante da Era presente. Portugal foi chamado, uma vez mais, a continuar a fazer o inverosímil e, do seu pequeno território, ecoou uma mensagem de espiritualidade por todo o Orbe, fazendo graves advertências e convidando a Humanidade a uma conversão profunda.

(…)


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de:

Nos anos 80 circula uma vontade de participação e de desconfiança geral, o pós-modernismo.

Pós-modernismo é o nome dado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes, nas sociedades desde 1950.

Mas, existe o medo, o medo de mudança, o medo do novo e a perda do conservadorismo.

Ele nasce com várias mudanças na arquitetura e principalmente na computação, entra na filosofia nos anos 70 como crítica da cultura ocidental, ou seja, são mudanças gerais desde nas artes até na tecnologia, e se alastra por todos os lados e meios, sem saber se é uma forma de decadência ou se é um renascimento cultural.

O pós-modernismo invadiu o quotidiano com a tecnologia electrónica em massa e individual, onde a saturação de informações, diversões e serviços, causam um “rebu” pós-moderno, com a tecnologia programando cada vez mais o dia-a-dia dos indivíduos.

A importância do pós-modernismo na economia foi “mostrar” aos indivíduos a capacidade de consumo, a adotarem estilos de vida e de filosofias, o consumo personalizado, usar bens e serviços e se entregarem ao presente e ao prazer.

Os pós-modernistas querem rir levianamente de tudo, nos quais encaram uma ideia de ausência de valores, de vazio, do nada, e do sentido para a vida.

A sociedade se torna emergente ou decadente, pois são baseadas nas sociedades pós-industriais na informação que tem como referencia o Japão, os EUA e os centros europeus.

A essência da pós-modernidade vem através das cópias e imagens de objetos reais, a reprodução técnica do real, significa apagar a diferença entre real e o imaginário, ser e aparência, ou seja, um real mais real e mais interessante que a própria realidade.

Um exemplo disso é a televisão, que aliada ao computador simula um espaço hiper-real, espetacular que excita e alegra.

O hiper-real simulado fascina porque é o real intensificado na cor, na forma, no tamanho, nas suas propriedades, é quase um sonho, onde somos levados a exagerar nossas expectativas e modelamos nossa sensibilidade por imagens sedutoras.

O ambiente pós-moderno significa simulação, ele não nos informa sobre o mundo, ele o refaz à sua maneira, hiper-realizam o mundo, transformando-o num espetáculo.

No ambiente pós-moderno há informação e há comunicação, é o que representa a realidade para o homem, que vieram ampliar e acelerar a circulação das mensagens através dos livros, jornais, cinema, rádio, TV.

Através destas mensagens, o homem procura sua imagem “comprando” discursos, para lhe proporcionar Status, bom gosto, na moda, na aparência, no narcisismo levando muitas vezes a extravagâncias, ou então imitando modelos exóticos.

No pós-modernismo o homem vive banhado num rio de testes permanentes, onde a informação e a comunicação transportam a impulsividade para o consumo.

Saturação, sedução, niilismo, simulacro, hiper-real, digital, desreferencialização, são consideradas senhas para “nomear” o pós-moderno, ele significa mudanças com relação à modernidade, ele é um fantasma que passeia por castelos modernos.

O individualismo atual nasceu com o modernismo, mas o seu exagero narcisista é o acréscimo pós-moderno, ele é um princípio esvaziador, diluidor, ele desenche, desfaz princípios, regras, valores, práticas e realidades, promove a des-referencialização do real e a des-substancialização do sujeito.

O pós-modernismo é eclético, mistura várias tendências e estilos sob o mesmo nome, ele é aberto, plural e muda de aspecto se passamos da tecnociência para as artes plásticas, da sociedade para a filosofia, ou seja, ele flutua no indecidível.

(…..)

Foram tantas as mudanças nas ciências, tecnologia, nas artes, no pensamento, no social, que o pós-modernismo se instalou de uma grande forma que foi formando uma teia no quotidiano da massa.

Ele teve um “des”, um principio esvaziador, como por exemplo:

Des – refencialização do real.
Des – materialização da economia.
Des – estetização da arte.
Des – construção da filosofia.
Des – politização da sociedade.
Des – substancialização do sujeito.
E outros,...

E com qual resultado?

Dará o zero da representação, não se pode representar o fim da representação!

O pós-modernista vive a irrealidade, niilismo, onde o mundo para ele se resume em: consumo, informação, moda, individualismo, sem uma identidade definida, e nem definitiva.


Conclusão:

O pós-modernismo é tudo o que se refere ao novo, foi quando ocorreu a total mudança, ou melhor, uma mudança geral em quase todos os aspectos, desde nas artes até nas ciências.

Ele é individualista, liberto de crenças, medos, preconceitos, pelo contrario, foi uma fase de se colocar ideias e pensamentos livres de objeções.

Com isso o pós-modernismo invadiu o mundo dos indivíduos, através da mídia, da tecnologia, da eletrónica, enfim das informações em massa, levando e seduzindo o individuo ao um consumo frenético.

Ele encarna vários estilos de vida e de filosofia, mas com a total ausência de valores, mas por outro lado o pós-modernismo tem a participação do publico, é de fácil compreensão e vivencia o real, o presente, o aqui e o agora.

O pós-modernismo é indefinível, mais é sensível, liberto, e ao mesmo tempo integrado, e aceito pela massa, devido a sua “simplicidade” e facilidade de expor o seu significado.


….”


………………..








domingo, 12 de fevereiro de 2012

A CARBONÁRIA PORTUGUESA, SOCIEDADE SECRETA DE NATUREZA ESSENCIALMENTE POLÍTICA, ASSOCIAÇÃO PARALELA À MAÇONARIA (upgrade 1)

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“Sociedade secreta essencialmente política, adversa do clericalismo e das congregações religiosas, tendo por objetivo as conquistas da liberdade e a perfectibilidade humana, impunha aos seus filiados “possuírem ocultamente uma arma com os competentes cartuchos”. Contribuía direta e indiretamente para a educação popular e assistência aos desvalidos.”

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Naturalmente que o Povo Português conhece a história verdadeira existente para além “do muro” das versões clubísticas da política portuguesa (…).

Por exemplo, saberemos todos que o maior inimigo da Democracia e do Estado de Direito em Portugal chama-se “1ª República”,

ainda, por enquanto, o único regime político proclamado com a identidade e o estatuto político de “República” neste país.

(…)

Por redução ao absurdo, a maior prova e justificação da afirmação de que “Esta República” é inimiga mortal da Democracia e do Estado de Direito será a constatação do Ódio Natural que nutre pelo Estado Novo;

Estado Policial por natureza das circunstâncias políticas mas também “teatrais”, violento e brutal, que sonegou a liberdade e os direitos fundamentais de cidadania política aos portugueses, o Estado Novo também se caracterizou pelo culto de “Virtudes Especiais” – Deus, Pátria e Família, Lei, Ordem, Obediência e Lealdade ao Estado, e Organização Militar da Nação.

Portanto, julga-se que residirá naquelas “circunstâncias especiais” de organização política da Nação a razão principal do ódio violento e visceral que os republicanos (da 1ª República) nutriam (e nutrem) pelo “Estado Novo”,
como tem sido exemplarmente “retratado” pela nossa história e como podemos constatar todos os dias políticos da nossa vida.

(…)
 
Qual poderá ser, então, a razão primordial de tamanhos e solenes festejos (contemporâneos), verdadeiro jubileu de natureza e alcance político, consagrados pelo órgãos do poder político instalados no regime como uma Cerimónia de Estado ao mais alto nível ??

Pessoalmente, penso que numa realidade racional ninguém conseguirá compreender muito bem estas circunstâncias políticas,

e muito em particular, quando se comemora e exulta (como cerimónia interior ao povo português) a apologia da Anarquia e do Caos Político;

Ao mesmo tempo que algumas personagens com responsabilidades políticas e sociais lamentam o “Estado de Desordem a que a democracia chegou em Portugal…”, e convidam a autoridade legítima do Estado a tomar as medidas necessárias e suficientes para debelar “esta situação política”.
(…)

Claro que também saberemos “todos” (e percebemos as respectivas circunstâncias políticas) que quem paga o recibo (“em dinheiro vivo”) de todo este equívoco político chama-se povo português;
E temos consciência exacta de que a autoria, a culpa e a responsabilidade política e moral “desta situação” só poderá ser assacada (por aclamação na “modesta” opinião dos Republicanos) à Democracia e ao Regime Político do Estado de Direito.
(que Eles defendem de forma fervorosa e devotada como Cardeais Honorários do respectivo “sistema político”)

(…)

E talvez mais uma sugestão (descabida de sentido) em tempo “fora de horas de agenda política”,
que se festeje no “Carnaval” e no “5 de Outubro” a Democracia e o Estado de Direito, porque dessa forma poderíamos festejar todos (pelo menos isso e com algum rigor matemático) a Nação e o povo português.

E dessa maneira, em vez do efeito colateral do Baile de Máscaras da República Portuguesa poderíamos contribuir decisivamente para o progresso e modernização do aparelho político do Estado, para a implementação de um Regime Político sólido, estável e coerente com os princípios políticos de uma democracia de um Estado da Europa Ocidental.

(…)

###### // ######

ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:

………………..


“…
de:



A Fundação e Reorganização


Fundada entre finais de 1898 e seguramente antes de 1900 é Luz de Almeida quem nos dá uma perspectiva de como as coisas se passaram, assim as quatro Lojas que pertenciam à Maçonaria Académica, a saber, "Independência", "Justiça", "Pátria" e "Futuro", passaram a Choças sendo os seus membros divididos em grupos de vinte, cada um desses grupos, ou Choças adotou um título da sua livre escolha.

Neste processo criaram-se vinte Choças sendo que cada um dos grupos elegeu o seu Presidente, e cada um destes formava com os restantes uma Alta-Venda provisória, que era uma espécie de "Parlamento Carbonário" que na inauguração dos seus trabalhos elegeu um "Bom Primo" a quem conferiu plenos poderes para que secretamente escolhesse entre os membros daquela entidade, quatro outros "Bons Primos" que conjuntamente com este formariam a "Suprema Alta-Venda".
Numa das primeiras sessões da "Alta-Venda provisória", realizada num primeiro andar desabitado posto à disposição pelo republicano Silva Fernandes, foi apresentada a proposta para serem admitidos elementos populares na Carbonária Portuguesa, embora sendo a aprovada a proposta há um sector que se opõe militantemente a esta e que defendiam a vinculação exclusiva da organização a académicos;  liderados por José Maria Furtado de Mendonça abandonam a organização.
Os primeiros populares iniciados foram-no na sede provisória da Carbonária Portuguesa, sendo quase todos operários, foram distribuídos pelas Choças que tinham ficado incompletas com a saída de bastantes académicos, sendo que a primeira Choça composta exclusivamente por operários foi registada com o nome de "República".
Dá-se um rápido crescimento destas e de outras Choças, sendo que depois da primeira apareceram muitas mais das quais destaco, a "Amigos da Verdade" (da qual era presidente António Francisco Gonçalves), a "Sentinela dos Bosques" (liderada por Ferreira Manso), a "Defensores da Pátria" (presidida por Silva Dinis), a "Progresso" (dirigida por Carlos Pinto Furtado da Luz) e "Termidor" (encabeçada por Vicente de Almeida Freire).
Durante este processo de crescimento a "Alta-Venda provisória" foi dissolvida tal como a "Suprema Alta-Venda" sendo que os membros desta ultima passaram para uma nova Alta-Venda que ficou a ser o corpo dirigente da Carbonária Portuguesa, a este pertenciam Luz de Almeida, como Presidente, José Maria Cordeiro, Ivo Salgueiro, José Soares e Silva Fernandes (que era o único não académico).


Organização, Graus e Simbolismo

Segundo o seu ritual de iniciação publicado pelo ABC:

_ É terminantemente proibido pertencer a qualquer outra organização política de carácter mais ou menos secreto, salvo à Maçonaria; citar nomes de consócios, indicar casas onde se efetivam as reuniões ou as iniciações e a maneira como estas são feitas; ensinar as palavras da Ordem e divulgar a estranhos e aos próprios filiados o que se passa na Associação. É igualmente proibido dar-se a conhecer - sem motivo de força maior - a qualquer membro da Carbonária.'

A pena prevista para o iniciado que não cumpria estes preceitos era o afastamento e em casos graves a morte.
Há quatro graus na Carbonária que são respetivamente Rachador, Aspirante, Mestre e Mestre Sublime.

Os filiados tratam-se por Primos e tratam-se por tu nas sessões, havendo entre eles sinais de reconhecimento e palavras especiais.
Compõe-se a associação das diferentes secções que tinham as seguintes denominações

• Vedetas, um ou dois carbonários em pequenas terras de província, aldeias e lugares onde se torna impossível constituir núcleos;

• Canteiros, núcleos que eram compostos por cinco Bons Primos, os Rachadores que se conheciam a todos, não conhecendo os membros da Carbonária Portuguesa mais do que estes cinco homens como membros da organização (pois nos outros órgãos apresentavam-se sempre todos de capuz tendencialmente negro ou com a cara mascarrada de carvão), o que tornava assim difícil a descoberta dos chefes, os quais todavia conheciam os seus homens;

• Choças que eram compostas normalmente por cerca vinte Bons Primos, tinham três graus, Rachadores e Carvoeiros e eram presididos por um carbonário decorado com o grau terceiro de Mestre, sendo o seu chefe designado como Mestre da Choça. Esta agregava, coordenava e governava assim os Canteiros representadas por todos os seus Bons Primos e era assim a base da organização sendo que nesta estrutura é que se efetuavam as iniciações e receções dos seus membros;

Barracas que eram constituídas idealmente por cinco Mestres que presidiam às Choças e que nesta tinham o nome de Mestre de Barraca.

Esta agregava, coordenava e governava assim as cinco Choças, representadas pelos Mestres de Choça, tendo sob as suas ordens cerca de cem Bons Primos. O seu chefe era o Mestre da Venda;

Vendas eram compostas idealmente por cinco Mestres que presidiam às Barracas e que nesta tinham o nome de Mestre de Venda. Esta agregava, coordenava e governava assim as cinco Barracas, representadas pelos Mestres da Barraca, tendo sob as suas ordens cerca de quinhentos Bons Primos. O seu Chefe era o Mestre da Venda e poderia ou não pertencer à Venda Jovem-Portugal;

Conselho Florestal órgão provisório que se reunia ocasionalmente e foi em determinados períodos um órgão importante e de legitimação de várias reformas internas desta organização;

• Venda Jovem-Portugal é uma secção tradicional onde se concentrou durante anos a Ação Secreta e se manteve o prestígio e bom nome da Carbonária Portuguesa. Era perfeitamente invisível e os seus membros não se conheciam uns aos outros. Era o órgão supremo da Carbonária Portuguesa, que se reunia quando era preciso tomar decisões importantes como alterações e reformas na estrutura interna, eleger ou exonerar o seu Grão-Mestre e depor a Alta-Venda ou tomar linhas de ação e de rumo importantes no respeitante à ação revolucionária. O seu Presidente honorário era o Grão-Mestre que era o único dos seus membros que comunicava com a Alta-Venda e que assistia a todas as sessões deste órgão;

Tribunal Secreto órgão jurisdicional da organização;

• Alta-Venda era composta pelo Grão-Mestre eleito na Venda Jovem-Portugal e mais quatro Bons Primos nomeados e escolhidos por este de entre os membros da Carbonária Portuguesa. Os nomes eram secretos até para a Venda Jovem-Portugal sendo um órgão com membros invisíveis até para estes. Este era o órgão de gestão da Carbonária Portuguesa e o seu pólo dinamizador principal.

Para além da estrutura civil acima descrita, havia em paralelo uma outra organização dentro dos militares, essa ramificação teria uma estrutura similar em termos da organização acima descrita mas os seus membros eram iniciados de uma maneira especial, provavelmente mais simples.
O simbolismo da Carbonária Portuguesa, era vasto, dos mais importantes símbolos destacamos:

Estrela de Cinco Pontas, que encima o Globo Terrestre, representa a figura máscula dum Bom Primo, de pé, com as pernas afastadas, os braços abertos e a cabeça erguida, como que a dizer: “Pronto sempre para a luta contra todas as tiranias”;

Os três pontinhos, dispostos em forma triangular com o vértice na parte inferior, '.' .


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de:


 Carbonária


Como em quase toda a parte, também em Portugal a Carbonária foi muitas vezes uma associação paralela à Maçonaria (embora nem todos os maçons fossem carbonários).


"Sociedade secreta essencialmente política", adversa do clericalismo e das congregações religiosas, tendo por objetivo as conquistas da liberdade e a perfectibilidade humana, impunha aos seus filiados "possuírem ocultamente uma arma com os competentes cartuchos". Contribuía direta e indiretamente para a educação popular e assistência aos desvalidos.


"Tinha uma hierarquia própria, em certos aspetos semelhante à maçonaria, tratando os filiados por "primos". Os centros de reunião e aglomerações de associados chamavam-se, por ordem crescente de importância, "choças", "barracas" e "vendas".

A Carbonária Portuguesa, à qual pertenceram pessoas da mais elevada categoria social, parece ter sido estabelecida em 1822 (ou 1823) "por oficiais italianos que procuravam, por meio de sociedades secretas, revolucionar toda a Europa Meridional".

Até 1864 a sua intervenção fez-se sentir em muitos momentos críticos da vida nacional, pois todos os partidários políticos possuíam a sua Carbonária. Depois de longo marasmo, desaparecem completamente.

A indignação nacional suscitada pelo afrontoso ultimato da Inglaterra (1890) e as desastrosas consequências da revolta de 31 de Janeiro de 1891, com o seu cortejo de prisões, deportações e perseguições de toda a espécie, arrastaram a mocidade académica para as sociedades secretas.

Mas foi em 1896 que surgiu a última Carbonária portuguesa, sendo completamente diferente das anteriores : diferente organização, ritual e até processos de combater. Foi seu fundador o grão-mestre Artur Duarte Luz de Almeida.

A sua influência exerceu-se de maneira intensiva em quase todos os acontecimentos de carácter político e social ocorridos no País, nomeadamente naqueles que tinham em vista defender as liberdades públicas ameaçadas e combater o congreganismo e os abusos do clero.

Tendo participado grandemente nos preparativos do movimento revolucionário de 28 de Janeiro de 1908, que abortou, a sua ação tornou-se depois decisiva para a queda da Monarquia, mais acentuadamente a partir de 14 de Junho de 1910, quando, a propósito de apressar a revolução, em perigo pelo número crescente de civis presos e militares transferidos, a Maçonaria nomeou uma comissão de resistência encarregada de coadjuvar a implantação da República por uma colaboração mais ativa com a Carbonária.

A fragmentação do Partido Republicano, sobrevinda ao advento do novo regime político nacional, tornou inevitável a extinção da Carbonária portuguesa, tendo depois, até 1926, resultado infrutíferas todas as tentativas feitas para o seu ressurgimento.

( Dicionário de História de Portugal, 4 volumes, SERRÃO, Joel (ed.lit.), 1ªedição, Lisboa, Iniciativas Editoriais, volume I, 1963-1971, pp.481-2 )


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